GOIÁS: BRANCO E VERDE
O VERDE BRANCO DO GOIÁS
Tem sempre uma estória para tudo. Quando eu ainda era criança, vinha passar férias em Goiânia. Era um modo de minha mãe tirar férias dos filhos, mandava cada um para caso de algum tio ou tia, que eram muitos e time de futebol misto de cada lado. Bem desta vez escalaram-me para a casa do tio Edmundo, esposo da tia Anadia cujo filho caçula tinha idade regulada com a minha.
O pai dele fumava o cigarro de marca Lincoln, maço branco e verde. Mas ele fumava muito mesmo. Íamos assistir treinos e jogos do Goiás em companhia do tio que sempre levava um pacote de cigarros para cada evento. Esses jogos eram no velho Estádio Olímpico, hoje um canteiro de obras em extinção, ou em um campinho de poeira na Avenida Goiás com a Rua 55, onde fica hoje a Madeireira São Jorge. Aí o Tio Edmundo aparecia como corisco desde que algum "olheiro" indicasse um futuro craque
No momento que os jogadores começavam a correr, meu tio começava a fumar tantos e tantos cigarros que acende um logo no final do outro, não era um final no fim, era um final no meio e se o Goiás levasse um gol aí ele jogava fora o cigarro mesmo que estivesse iniciado a fumar. Como não devia deixar de ser sempre estava cercado por uma legião de "quimbistas" sendo o meu primo Edmo, seu filho, um autêntico campeão em cata-los...
Vai daí que até hoje tenho minha cisma, como o tio Edmundo foi um dos 33 que fundaram o Goiás, será que não tem nada ver as cores do time com as cores da marca do cigarro que ele fumava?...
Goiânia, 25/02/14.