CADÊ A ÉGUA

CADE A ÉGUA

- Tomé corre lá e chama a parteira. O neném vai nascer. A bolsa rebentou...

Ele correu ao ouvir o chamado da esposa, mesmo sendo cinco horas da manhã não podia nem fazer o café devido à urgência do caso. Pegou a velha bicicleta e saiu pedalando. Crec, crec, crec é o som das correntes reclamando das pedaladas. Bateu na porta da

Casa de Dona Teresa que além de parteira, era benzedeira e nas procissões Verônica...

Apressaram o passo, pois ela não quis sentar no cano da bicicleta do Senhor Tomé, foram conversando pela ladeira abaixo e a aranha aliviada faziam novo barulho, cric, cric, cric...

Chegando em casa viu o sol que começava a mostrar a cara por detrás da serra...O parto foi rápido logo surgindo o unhé,unhe, unhe do neném...

- É uma menina...Grande e bonita completou.

Serenado as agitações próprias do evento, o portal do dia já ia alto. E Tomé resolveu encimar a égua atrelando à carroça o seu ganha pão...Chegando no pequeno curral a surpresa, a égua não estava lá.

Pegou a bicicleta e foi procurar o animal correndo por toda a cidade.

Não a encontrou em nenhum lugar voltando desolado para casa.

- Uai muiê a gente ganhô um neném lindo mais a égua foi roubada.

Goiânia, 31/12/13.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 02/01/2014
Código do texto: T4633361
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