A cesta básica
A cesta básica
Francisca trabalhava como faxineira em várias casas de gente de posse. Ela vivia contando os trocados para pagar as passagens das idas e voltas para o trabalho. Sustentava a si e o único filho, Pedro, que estava com dezesseis anos.
Era todo o dia a mesma coisa, acordava antes do dia amanhecer, preparava a comida, fazia a marmita, se arrumava um pouco, dava um beijo no filho e descia a rua. Andava um pouco a pé, para chegar até a estação do trem.
O marido tinha desaparecido desde que Pedrinho era pequeno, alguns diziam que ele tinha morrido, ela nunca soube ao certo.
De casa em casa, limpando, arrumando, ela ganhava o pão de cada dia, e muitas outras coisas como: roupa usada, sapatos, bolsas, cremes, perfumes e levava tudo para casa, quando sabia que poderia aproveitar, ela aceitava. Pagava aluguel, luz, água, associação de moradores, comprava gás, era sempre a mesma rotina.
Uma das suas patroas a Dra. Marina, médica muito conceituada arranjou no centro espírita que ela frequentava, uma maneira de Francisca ganhou uma cesta básica uma vez por mês.
Francisca foi ao centro fez seu cadastro e recebeu as informações necessárias para receber a cesta básica. Precisava assistir uma reunião na casa espírita todos os domingos, a palestra era sobre o Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Não poderia faltar sem dar justificativa, pois a frequência era a garantia da cesta.
Assim Francisca começou a frequentar a casa espírita e seu filho Fernando passou a acompanhá-la Eles adoravam pertencer àquela comunidade, pois além da garantia da cesta básica, recebiam alimento para as suas almas tão carentes de amor.
Oito meses se passaram e muitas mudanças ocorreram na vida de Francisca, estava muito serena, seus olhos tinham um brilho diferente, um brilho feliz de quem encontrou a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Dra. Marina a responsável pela entrada de Francisca na casa espírita estava presente naquela triste manhã de domingo, quase ao final da palestra, relatou o que a deixava em lágrimas: “Estamos aqui reunidos, nesta manhã, e sinto muito informar-lhes que nosso irmão, Fernando, o filho da Francisca, aquela senhora que alguns já conhecem, pois é ele sofreu um acidente e fez sua passagem. Vamos fazer uma prece em intenção à alma dele”. Não conseguiu terminar de falar, as lágrimas sufocaram sua voz.
Para surpresa de muitos, a Francisca num gesto humilde, pediu a palavra e aproximou-se. Seu semblante era muito sereno, apesar de estar muito abatida. Começou a falar mansamente: “Estou aqui hoje, para agradecer tudo o que esta casa espírita tem me ensinado. Não chorarei por meu filho que acabou de fazer a passagem. Ele hoje esta com Jesus, aprendi aqui que a morte não existe, então só posso agradecer a Deus, por ter-me dado um filho tão bom, e a oportunidade de aprender que esta vida que temos é eterna. Não estou desesperada, graças a Deus com as palestras que tenho assistido consegui compreender o verdadeiro sentido da vida. As pessoas que aqui me trouxeram não sabem o bem que me fizeram na primeira vez eu vim por uma cesta básica, hoje eu vim e continuarei vindo sempre que puder, pois aqui encontrei um caminho. Hoje acredito que Jesus, o divino mestre, é o caminho, a verdade, e a vida seguirei trabalhando lá fora para meu sustento e aqui nesta casa para ajudar a tantos outros que como eu preciso sempre de uma palavra de conforto.
Dou graças a Deus por ter tido esta oportunidade de contrar-lhes minha simples história. Voltou para casa triste, abatida com a perda do filho, mas não desamparada, Deus jamais iria deixar-lhe amanhã era segunda-feira, a promessa de um trabalho fixo numa escola como cozinheira, dava-lhe certo ânimo pra sobreviver até o dia que fosse encontrar o pai celestial.
A cesta básica
Francisca trabalhava como faxineira em várias casas de gente de posse. Ela vivia contando os trocados para pagar as passagens das idas e voltas para o trabalho. Sustentava a si e o único filho, Pedro, que estava com dezesseis anos.
Era todo o dia a mesma coisa, acordava antes do dia amanhecer, preparava a comida, fazia a marmita, se arrumava um pouco, dava um beijo no filho e descia a rua. Andava um pouco a pé, para chegar até a estação do trem.
O marido tinha desaparecido desde que Pedrinho era pequeno, alguns diziam que ele tinha morrido, ela nunca soube ao certo.
De casa em casa, limpando, arrumando, ela ganhava o pão de cada dia, e muitas outras coisas como: roupa usada, sapatos, bolsas, cremes, perfumes e levava tudo para casa, quando sabia que poderia aproveitar, ela aceitava. Pagava aluguel, luz, água, associação de moradores, comprava gás, era sempre a mesma rotina.
Uma das suas patroas a Dra. Marina, médica muito conceituada arranjou no centro espírita que ela frequentava, uma maneira de Francisca ganhou uma cesta básica uma vez por mês.
Francisca foi ao centro fez seu cadastro e recebeu as informações necessárias para receber a cesta básica. Precisava assistir uma reunião na casa espírita todos os domingos, a palestra era sobre o Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Não poderia faltar sem dar justificativa, pois a frequência era a garantia da cesta.
Assim Francisca começou a frequentar a casa espírita e seu filho Fernando passou a acompanhá-la Eles adoravam pertencer àquela comunidade, pois além da garantia da cesta básica, recebiam alimento para as suas almas tão carentes de amor.
Oito meses se passaram e muitas mudanças ocorreram na vida de Francisca, estava muito serena, seus olhos tinham um brilho diferente, um brilho feliz de quem encontrou a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Dra. Marina a responsável pela entrada de Francisca na casa espírita estava presente naquela triste manhã de domingo, quase ao final da palestra, relatou o que a deixava em lágrimas: “Estamos aqui reunidos, nesta manhã, e sinto muito informar-lhes que nosso irmão, Fernando, o filho da Francisca, aquela senhora que alguns já conhecem, pois é ele sofreu um acidente e fez sua passagem. Vamos fazer uma prece em intenção à alma dele”. Não conseguiu terminar de falar, as lágrimas sufocaram sua voz.
Para surpresa de muitos, a Francisca num gesto humilde, pediu a palavra e aproximou-se. Seu semblante era muito sereno, apesar de estar muito abatida. Começou a falar mansamente: “Estou aqui hoje, para agradecer tudo o que esta casa espírita tem me ensinado. Não chorarei por meu filho que acabou de fazer a passagem. Ele hoje esta com Jesus, aprendi aqui que a morte não existe, então só posso agradecer a Deus, por ter-me dado um filho tão bom, e a oportunidade de aprender que esta vida que temos é eterna. Não estou desesperada, graças a Deus com as palestras que tenho assistido consegui compreender o verdadeiro sentido da vida. As pessoas que aqui me trouxeram não sabem o bem que me fizeram na primeira vez eu vim por uma cesta básica, hoje eu vim e continuarei vindo sempre que puder, pois aqui encontrei um caminho. Hoje acredito que Jesus, o divino mestre, é o caminho, a verdade, e a vida seguirei trabalhando lá fora para meu sustento e aqui nesta casa para ajudar a tantos outros que como eu preciso sempre de uma palavra de conforto.
Dou graças a Deus por ter tido esta oportunidade de contrar-lhes minha simples história. Voltou para casa triste, abatida com a perda do filho, mas não desamparada, Deus jamais iria deixar-lhe amanhã era segunda-feira, a promessa de um trabalho fixo numa escola como cozinheira, dava-lhe certo ânimo pra sobreviver até o dia que fosse encontrar o pai celestial.