Os Oito Milagres na Vida de Aríomar
Vou poupar o caro ouvinte dessa narrativa omitindo detalhes da infância e juventude do personagem principal do caso que pretendo contar a seguir. Digo que pretendo contar porque não sei se vou conseguir lembrar com exatidão os nomes de todas as pessoas envolvidas e das cidades onde tudo aconteceu. Eu lembro que Aríomar nasceu na cidade de Faustino Durão Gouveia, pequeno município no interior do Amazonas. Lembro que foi registrado em outro município pois não havia cartório para registros de nascimento em Faustino Durão Gouveia, não lembro o nome da cidade em que o nome de Aríomar foi assentado no livro de registros de nascimentos. Lembro que o pai de Aríomar saiu de sua cidade natal no estado do Ceará para tentar a vida em garimpos nos rios da Amazônia. Não lembro do nome dele e nem do nome de sua esposa, mãe de Aríomar, legítima filha das terras amazônicas nascida em tribo indígena. Aríomar herdou a força física do pai, a beleza da mãe, e a inteligência de um asno. Também não me lembro do nome do asno. Aríomar foi agraciado com mais duas dádivas da natureza, febre amarela e caxumba, sendo que a caxumba desceu para aquelas partes deixando o Aríomar impossibilitado de ser pai. Impossibilitado de qualquer tarefa complexa por conta de sua asnice Aríomar não tinha ofício e vivia do que a floresta oferecia para seu sustento, tudo era complexo para Aríomar.
O Primeiro Milagre:
Sei que o caro ouvinte vai duvidar do que vou contar. Aríomar estava agachado no mato com pedaços de folha de bananeira na mão quando ouviu um canto, uma foz de mulher, uma voz de mulher cantando, uma voz de mulher cantando uma linda canção indígena. Aríomar conhecia a música. Ouvira muitas vezes entoada por sua falecida mãe. Aríomar rapidamente deu aos pedaços de folha de bananeira o destino a que se prestavam levantou e foi ao encontro da voz pensando que iria encontrar sua falecida mãe. Não era sua mãe, até milagres têm seus limites. Escondido entre arbustos Aríomar não acreditava no que via. Aríomar estava acostumado com a beleza da flora e fauna da floresta, mais a beleza da mulher que agora via era assustadora. Agachada e com uma folha de inhame na mão estava a mulher com que todo homem sonha em se tratando de beleza. Aríomar sentiu coisas que nunca havia sentido em sua vida. Sentia e sabia que daquele momento em diante a vida só valeria a pena ao lado daquela flor de formosura.
A flor de extraordinária formosura deu à folha de inhame o destino a que se prestava levantou-se e viu Aríomar. E eis o primeiro milagre, apaixonou-se por Aríomar à primeira vista.
Os Outros Sete Milagres:
Aríomar e sua flor de formosura tiveram sete filhos.
Vou poupar o caro ouvinte dessa narrativa omitindo detalhes da infância e juventude do personagem principal do caso que pretendo contar a seguir. Digo que pretendo contar porque não sei se vou conseguir lembrar com exatidão os nomes de todas as pessoas envolvidas e das cidades onde tudo aconteceu. Eu lembro que Aríomar nasceu na cidade de Faustino Durão Gouveia, pequeno município no interior do Amazonas. Lembro que foi registrado em outro município pois não havia cartório para registros de nascimento em Faustino Durão Gouveia, não lembro o nome da cidade em que o nome de Aríomar foi assentado no livro de registros de nascimentos. Lembro que o pai de Aríomar saiu de sua cidade natal no estado do Ceará para tentar a vida em garimpos nos rios da Amazônia. Não lembro do nome dele e nem do nome de sua esposa, mãe de Aríomar, legítima filha das terras amazônicas nascida em tribo indígena. Aríomar herdou a força física do pai, a beleza da mãe, e a inteligência de um asno. Também não me lembro do nome do asno. Aríomar foi agraciado com mais duas dádivas da natureza, febre amarela e caxumba, sendo que a caxumba desceu para aquelas partes deixando o Aríomar impossibilitado de ser pai. Impossibilitado de qualquer tarefa complexa por conta de sua asnice Aríomar não tinha ofício e vivia do que a floresta oferecia para seu sustento, tudo era complexo para Aríomar.
O Primeiro Milagre:
Sei que o caro ouvinte vai duvidar do que vou contar. Aríomar estava agachado no mato com pedaços de folha de bananeira na mão quando ouviu um canto, uma foz de mulher, uma voz de mulher cantando, uma voz de mulher cantando uma linda canção indígena. Aríomar conhecia a música. Ouvira muitas vezes entoada por sua falecida mãe. Aríomar rapidamente deu aos pedaços de folha de bananeira o destino a que se prestavam levantou e foi ao encontro da voz pensando que iria encontrar sua falecida mãe. Não era sua mãe, até milagres têm seus limites. Escondido entre arbustos Aríomar não acreditava no que via. Aríomar estava acostumado com a beleza da flora e fauna da floresta, mais a beleza da mulher que agora via era assustadora. Agachada e com uma folha de inhame na mão estava a mulher com que todo homem sonha em se tratando de beleza. Aríomar sentiu coisas que nunca havia sentido em sua vida. Sentia e sabia que daquele momento em diante a vida só valeria a pena ao lado daquela flor de formosura.
A flor de extraordinária formosura deu à folha de inhame o destino a que se prestava levantou-se e viu Aríomar. E eis o primeiro milagre, apaixonou-se por Aríomar à primeira vista.
Os Outros Sete Milagres:
Aríomar e sua flor de formosura tiveram sete filhos.