CACHORRO VADIO
CACHORRO VADIO
Vira lata convicto lá naquela rua do Bairro Capuava perto daquele barzinho pé de chinelo o habitat do Mundim cachorro magricela faz que faz festa com todo o mundo. Todo mundo vírgula menos para o Guarda Florisberto.
Na boca da tarde quando os bebuns tomavam uma talagada a fim de calibrar o cansado corpo ao encontro de uma água fria e sabonete às vezes.
Ele chega cheira um, cheira outro ganha um agrado aqui outro acolá, mas perto do Flori não se aproxima.
Nesse dia ele resolveu deitar-se próximo da mesa dele que ao levantar pisou na calda dele cuja reação foi uma dentada no contorno do guarda, que de imediato sacou da arma e deu um tiro nele acertando uma de suas frágeis pernas dilacerando o osso.
A turma do deixa disso se encheu de dores pelo Mundim e começaram a questionar a ação do guarda:
- Como você faz isso Flori é um cachorro inofensível.
- Que nada se eu não tivesse de contorno ele tinha me rasgado a perna. No mais é só um vira-lata.
- O Flori você está errado cachorro não pensa.
- As dagora da frente vai pensar.
- Mais ele se salvar pode ficar aleijado.
Outro freguês do bar aciona o 190 como era um cão o socorro foi repassado ao Zoonose.
Durante o rebu o bêbado mais bêbado afronta de novo o Flori:
- Como você faz isso o cachorrinho não faz mal para ninguém.
- O bêbado chato é melhor calar.
- Tubo bem vou respeitar o trinta e oito, mas amanhã eu já estou bom.
- Então você bêbado quer me enfrentar amanhã?
- Quero não, só que a partir de amanhã lá no batalhão vão lhe chamar de "guarda do cachorro vadio".
Goiânia, 16 de outubro de 2008.