REGISTROS ( MINI CAUSOS )

Você já reparou que as pessoas, quando amam alguém ou gostam de alguma coisa, acabam gostando por extensão, do que está de certa forma, perto do alguém ou daquilo?

Quando a gente perde um ente querido, nos primeiros tempos, queremos ficar perto, falar ou manter qualquer contato com quem era mais aproximado com aquela pessoa. Isso parece aplacar um pouco da saudade.

Mas já observei o mesmo também, em ocasiões nada tristes e até engraçadas. É o caso da menina, doida por aprender a tocar piano. O dia em que o carro da transportadora chegou trazendo-lhe o piano novinho, foi uma alegria sem tamanho. E ela ficou muito tempo achando lindo aquele trambolho ( o caminhão ), sempre que via um, só porque um daqueles, lhe trouxera o piano.

E a adolescente que queria aprender francês e o pai não podia pagar? Ela via um encanto, incompreensível a outros, num rapazinho super sem graça, apenas porque ele estava estudando o idioma.

Agora, só pode ser ficção, a mulher que de tanto “amor”, engolia as mentiras do marido que, segundo ela mesma, mentia tão bem! Ainda acreditava que ele é quem sempre tinha razão. Chegava a achar lindo quando ele roncava. Eu, hein! E ainda dizia que para as outras tinha tanto homem ! Que o dela ficasse pra ela só...

Com as bem contadas mentiras e o lindo ronco....