Em 29/11/2008 escrevi este pequeno conto. Achei apropriada a republicação. E vocês, caros leitores e amigos?
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Uma Receita
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De morangos e creme (E C)
Quando na madrugada lhe assaltava aquele desejo irrefreável, seus lábios secavam e desandavam a tremer,pupilas dilatavam e seu corpo pedia, clamava quase febril,logo ela levantava,descia até a cozinha meio ao silêncio e punha-se a preparar os cakes de morango. Enquanto os fazia os seios pontiagudos pareciam querer romper a fina camisola de seda que acariciava sua pele suada e nua.
Acresciam-lhe ao calor as intensas ondas de prazer a cada deslizada de creme que compunham as fartas camadas por entre três finos cakes, cada espátula do alvo marshmallow e creme de leite eram alisados em quase gozo, a textura tenra era por ela acariciada e suas entranhas molhadas latejavam num ritmo frenético. O êxtase, ápice dava-se ao final quando quase em transe, inflamada, passava a última camada da cobertura e fincava os frescos morangos. Um longo suspiro. Ia então deitar novamente, não raro diariamente amanheciam três a quatro cakes na geladeira.
Não entendiam as mulheres da rua como ela a vizinha solteira e solitária acordava esfuziante e bela todos os dias e era o encanto do mercadinho e da Padaria na hora do pão, tinha a pele viçosa um brilho espelhado nos longos cabelos, sorriso escancarado nos lábios carnudos e um olhar que era de pura satisfação.
Não compreendiam também porque seus homens, maridos e amantes tinham verdadeira paixão pelas tortas que ela vendia,comiam com avidez, apetitosamente e faziam com elas, depois da torta,o melhor e mais indecente amor de suas vidas e insaciáveis gozavam, gozavam, gozavam...
Acresciam-lhe ao calor as intensas ondas de prazer a cada deslizada de creme que compunham as fartas camadas por entre três finos cakes, cada espátula do alvo marshmallow e creme de leite eram alisados em quase gozo, a textura tenra era por ela acariciada e suas entranhas molhadas latejavam num ritmo frenético. O êxtase, ápice dava-se ao final quando quase em transe, inflamada, passava a última camada da cobertura e fincava os frescos morangos. Um longo suspiro. Ia então deitar novamente, não raro diariamente amanheciam três a quatro cakes na geladeira.
Não entendiam as mulheres da rua como ela a vizinha solteira e solitária acordava esfuziante e bela todos os dias e era o encanto do mercadinho e da Padaria na hora do pão, tinha a pele viçosa um brilho espelhado nos longos cabelos, sorriso escancarado nos lábios carnudos e um olhar que era de pura satisfação.
Não compreendiam também porque seus homens, maridos e amantes tinham verdadeira paixão pelas tortas que ela vendia,comiam com avidez, apetitosamente e faziam com elas, depois da torta,o melhor e mais indecente amor de suas vidas e insaciáveis gozavam, gozavam, gozavam...
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