No Tempo de Lampião.
Lampião estava invadindo uma fazenda à noite, para roubar gado com a finalidade de alimentar seus cangaceiros. De repente ouviu na sede, muitos nordestinos cantando e dançando quadrilha, senhoras, moças e rapazes festejavam -se em cantorias. Na marcação diziam bordões de provocação a Virgulino Ferreira da Silva.”Lampião de merda,Lampião cocôoooo, vamos apagar o lampião, pá pá pá tá tá tá” Lampião ouviu, cercou a fazenda, invadiu o salão de dança. Foi tanto: “ pelo amor de Deus não mata noiz não Sô Lampião!” Lampião então sentenciou um castigo:” fez todos beberem água com sal de Glauber, de repente uma caganeira geral e “Todo mundo vai dançar pelado com o dedo fura bolo atolado no fiofô do da frente e o outro fura bolo na boca. Vai começar a marcação... Vamo qui vamo, sanfoneiro , bota musga no fole. Faz de conta que vai peidá, cuidado prá num cagá, atola mais o dedo, chupa com força o outro. Trocar de dedo...!” Foi então que um cabra da peste, encheu-se de coragem,esticou o peito aproximou de Lampião e foi taxativo: “ Sô Lampião!,,, Tá danado!!!” Lampião meteu-lhe o trabuco no peito e perguntou: “ danado de quê?...” O cabra, meteu-lhe o dedo fedorento na boca e saiu meio cantando: “ danado de bãoooooooooooooo!...”
Lair Estanislau Alves.