Essa imagem é da Cachoeira do Antonio Ricardo. Fica no povoado onde aconteceram os fatos. Os pequenos escritores  estão fazendo ilustrações para seus  textos. Aguardem.
Os plantadores de macarrão

     Os dois irmãos moravam perto da fazenda do meu bisavô. Eram muitos pobres e desde criança passaram muita fome. Viviam da ajuda dos vizinhos.

     Certo dia meu avó levou para eles alguns alimentos e junto foi um pacote de macarrão daquele mais miudinho. Chamado “Ave Maria”. Comeram aquilo e gostaram demais da conta. Depois disso toda semana estavam batendo à porta da casa do meu bisavô querendo encomendar da cidade, mais macarrão.

     Meu avô estranhou aquilo e resolveu ir até a casa deles e perguntar o motivo de quererem tantos pacotes de macarrão, já que eram só dois.

     Foi nesse dia que meu avô viu que a terra em volta da casa deles estava toda arrumada. Haviam arado, colocado esterco de gado e estava plantando todos os pacotes de macarrão que ganhavam. Na esperança de que nasceriam muitas pés daquele alimento e assim colheriam a comida que mais gostavam.

     Foi com pena dos dois que meu avô precisou chamar os dois para uma conversa e explicar que aquilo não era de plantar.

Autor: Henrique Braga, 10 anos


A mulher que desmaiava

     Na região dos “Leites”, morava um casal. O marido bebia muito e a mulher ficava muito chateada quando o via sair para a venda. Sabia que voltaria tonto para casa.

     Um dia teve uma ideia: Foi até a vendinha onde ele se reunia com os amigos para beber. Ela entrou na venda, segurou o vestido bem firme para ele não levantar, (era muito vergonhosa) olhou para o marido e caiu desmaiada bem no meio da sala.

     Então começou a correria, um esfregava álcool nos braços dela, outros buscavam hortelã na horta para passar no rosto. Também queimaram trapos perto do nariz dela, pois, quando respirava fumaça ela acordava. Passado o “desmaio”, o marido pegou sua mão e foi com ela, embora para casa.
 
     Certo dia, ele estava na venda bebendo outra vez. A mulher chegou e viu. segurou o vestido como sempre fazia e desmaiou mais uma vez. Usaram álcool nos pulsos, hortelã no nariz e nada da mulher melhorar. Não estavam achando os panos velhos para queimar. Esse era o recurso que fazia mais efeito.

     No meio da confusão, algum dos tontos sugeriu queimar um pedaço do vestido da “desmaiada”. Rapidamente a mulher abriu os olhos e foi logo dizendo:

     -De jeito nenhum! Esse vestido é novo!

     Todos ali na venda se espantaram quando ela levantou depressa do chão, limpou a poeira da roupa e foi embora.

     Desta vez o marido não foi... Disse apenas assim:
     
     -Ô cumpadi, pó pô mais uma dose de pinga, qui é pra modi passa o espanto...
 
Autor: Henrique Braga, 10 anos
 
 
 
Maria Mineira
Enviado por Maria Mineira em 10/05/2013
Reeditado em 10/05/2013
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