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Meu relógio biológico.

Quando fui criança,eu usava muito o meu relógio biológico.

Eu pensava muito minha cabeça pensava muito,na minha mente existia um lugar muito melhor para brincar.

Brincava com as borboletas e pulava o arco- iris, assim...sem procurar pote de ouro,só escorregar na lama e correr.

No meu tempo de criança o beija-flor pousava na mão, e as flores eram borrifadas com agua que de tanta ternura pingavam perfume.

Eu subia e decia das arvores e me agarrava aos galhos mais alto pra pegar a maçâ,que não é do Éden e comia.

Na minha mente eu pensava em dragões,em aviões que voava entre as nuvens,e até pensava,em voar e de lá pular.

Mas não saia da minha mente,que tinha que parar um pouco de pensar e meus lápis de cor apontar e começar a colorir o meu mundo.

Ai eu pensava.

Se os lápis de cor não precizasse apontar.

No meu tempo de criança não tinha apontador air eu pensava será que tem lápis de cor que não precisa apontar?

A minha cabeça vivia um enchame de idéias e pensamentos e também eu pensava,em ser e ter.

Por exemplo meu pensamento focava mais em: Quando eu crescer, o que iria ser e ter.

Ai tudo que era bom para a vida, fluia na minha mente, que eu ia fazer.

Pensava.

_Quando eu pegar o onibus todos os dias e ele parar no sinal, eu vou ver aqueles guardas nos sinais de transito.

_Quando eu crescer,eu vou ser guarda de trânsito.

Quando eu ouvia no rádio uma música.Eu pensava.Quando eu crescer vou tocar e cantar.

Quando,eu via alguém passar com uma roupa colorida,eu pensava.Nunca vou querer usar roupas coloridas nem decotadas,nem sem mangas nem estampadas.

A noite quando eu ia para pracinha com meu pai,ele ia conversar com os amigos e eu ficava brincando de bolinha de gude pega pega,cobra cega,adoletar,pular corda com os coleguinhas filho dos amigos do meu pai.Lá na praça eu via os casais namorando ...eu ia até o meu pai e perguntava para ele.

Pai quando eu crescer eu posso fazer o que eles estão fazendo?

Meu pai respondia.

Pode,mas não pode copiar tudo que os outros fazem,tem que fazer diferente.

Eu observava também as pessoas passando num transporte barulhento que tinha só duas rodas.

Eu corria para ver de perto porque eu gostava do barulho .Mas o meu pai me acompanhava por temia que eu atravessasse,por que eu não tinha medo.

Eu perguntava.

O que é isso ,papai?

Ele respondia.

_É uma lambreta.

De repente eu pensava.

Quando eu crescer vou comprar uma lambreta.

Quando meu pai ia fazer compras na bodega da dona Mariinha e eu ficava parada com frente os consultórios.

Eu lia tudo o que lá estava escrito.

_PLANTÃO MÉDICO 24 horas.

Eu pensava imediatamente.

Eu vou ser médica ,quando eu crescer,para dar um plantão 24 horas e saia correndo,para falar para o meu pai.

Chegava na sala de aula,sentava na cadeira bem eretinha,parecia até que estava fazendo continencia.

Sentada sem bater as palpebras eu olhava só girando o olho para um lado e outro.

Quando o professor entrava boa tarde!!!

Eu logo pensava.

_Eu vou ser professora,quando eu crescer.

Quando o professor começava escrever os exercícios no quadro eu pegava bem rápido o meu lápis e copiava tudo,para resolver depois, se desse tempo em sala,se não desce eu lavava para casa.

Mas nunca dava por que eram muitas,as atividades e sempre a maioria das vezes eram feitas em casa com meu pai.

Eu começava pensar.

Quando eu crescer,vou passar poucas atividades para meus alunos Eles vão resolver tudo em sala,com explicações mais detalahadas sobre as tarefas, para que possam comprender e aprender com mais facilidade.

_E eu,vou ser professora,porque,professor escreve muito e podem até eu ser chamada por,Escritora Fátima Coelho.

Eu gostava de Paulo Coelho,porque foi o primeiro escritor que eu conhecí pessoalmente e eu tinha o mesmo sobre nome que ele,e meu pai falava muito dele.

Meu pai falava que ele era parente muito distante. Conheci ele numa viagem que fiz para Fortaleza em casa da familia.

Foi mera coicidencia.Fuio a um restaurante a noite com minhas tias que tinha marcado encontro com ele para jantar,por ser familia,um encontro inesquecível.

Este encontro me reforçou mais a idéia para eu pensar.

Quando eu crescer,eu vou ser escritora.Esta frase eu falei para ele,ue na época ainda não era muito famoso.

Os dias passavam e eu.

Quando eu passava de frente um pet shoop vinha aquele novo pensamento.

Vou ser médica veterinária para cuidar dos animais,proteger os bichinhos que sofrem maltratos e abandono,quando eu Crescer.

Tudo que eu escrevia na escola eu terminava com uma frases assim;

Eu vou ser professora,quando eu crescer.

Eu vou ser médica. Para dar plantão,quando eu crescer.

Eu vou ser escritora.Para escrever um livro,quando eu crescer.

Eu vou ser veterinária,quando eu crescer

Eu vou ser guarda de transito.para ver os carros,quando eu crescer.

Eu vou comprar um carro.quando eu crescer.

E assim o meu relógio biológico funcionava vinte e quatro horas dia e noite.Não parava.

A idéia de comprar um carro me veio porque meu pai comprava muito pneus para fazer solados das alpargatas que ele confeccionava,meu pai era sapateiro e quando ele chegava em casa com aquelas rodas preta,eu perguntava.

_Papai o que é isso?Ele respondia.

_Isso é uma roda de borracha,pneus de carro.

Imediatamente eu pensava.

Quando eu crescer eu vou comprar um carro.

Os tempos passaram e eu nunca parei de pensar nas coisas que eu queria ser.

Sou professora Artista Plástica Protetora dos animais.Escritora.

Comprei uma lambreta e possuí várias motos.

Tenho CNH mas ainda não comprei meu carro.

escritorafatimacoelhosoar

escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 30/04/2013
Reeditado em 22/05/2017
Código do texto: T4267351
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