LÁ PRAS BANDAS DO MATÃO
Galopando pelos montes
Montado em meu alazão,
Conheci vilas e horizontes
Lá pras bandas do matão...
Mas minha cabeça
Só pirou de verdade,
Foi numa festa de São João
D'uma pequena comunidade...
Algo estranho aconteceu,
Quando ali apareceu
Um diferente cidadão...
Tinha uns feixes em suas mãos
Como folhas de açafrão,
Jogou tudo na fogueira...
Subiu uma fumaceira,
Que encobriu a multidão...
De repente todos ali sorriam
Sem saber por qual razão...
Viagens e mais viagens surgiam,
Daquela louca sensação...
Daí em diante a festa ficou irada,
Saiu toda a velha guarda
E ficou só a rapaziada...
A quadrilha virou balada
E com tanto uísque na parada
O quentão virou piada...
Me senti acabrunhado
D'um tipo assim pasmado,
Sem saber se tava certo
Ou se estava tudo errado...
Nem me lembro mais,
Quando a lua dali partiu
Deixando as estrelas para trás...
Vi o sol encobrir o céu
Acampado naquele momento,
Com o Rock’in Roll em movimento...
Foi uma loucura total,
Uma verdadeira piração...
Tudo aquilo que rolou
Naquela festa de São João,
Lá pras bandas do matão!
Autor: Valter Pio dos Santos
Abr-2013