NÃO VÁ!
-Não vá!
Corria atrás de mim aos prantos! Pela janela do automóvel, apesar da chuva que me turvava a visão, podia observar o desespero causado pela minha partida.
Não a estava abandonando!
Contida em um colo, despejava lagrimas e gritos desesperadores! Não havia argumentos que a convencesse.
A partida era necessária, dolorida, mas necessária. O tempo esvaia na ampulheta...
Com certeza queria ir junto. O medo da separação trazia muita dor! Sentia ao longe seu coração sofrendo, mas... Era inevitável!
Esta separação doía-me o peito! Queria abrir a porta e deixá-la entrar, levá-la comigo ou mesmo desligar o carro e voltar para casa. Mas precisava ir...
- Vá com a vovó meu amor, o vovô só vai trabalhar...
- Não vá! Não vá! Vovô não vá...