VERDADE III...

Nos arroubos de juventude fazemos coisas difíceis de acreditar, vou narrar uma que aconteceu comigo ainda muito jovem...

Tomávamos uma cerveja, quando surgiu o assunto “Cemitério”, a galera se empolgou e eu só escutando. O assunto chegou a mim, na forma de coragem, nunca vi um bêbado covarde, então eu também era corajoso e fizemos a aposta. Se eu tivesse coragem de passar a noite no cemitério da cidade, ganharia uma caixa de cerveja de cada apostador.

Noite quente de lua minguante, escura ate não poder mais, três amigos me levaram ate ao muro, em um lugar fácil de pular, o que fiz com maestria. Ao entrar já cai em cima da terra de uma cova aberta e desequilibrado fui parar dentro da mesma. Suei frio, contive o grito de pavor ao imaginar se teria alguém ali, mas não poderia alertar os amigos. Caminhei ate um mausoléu de granito, muito grande e espaçoso e como não teria nada prá fazer nas próximas horas resolvi deitar e dormir.

Acordei com um carinho muito gostoso no rosto, senti um perfume suave, adocicado! Abri os olhos e a vi: Como era bonita! Toda de branco com um véu esvoaçante, um sorriso que clareava o local! Perguntei quem era e simplesmente sorriu e me beijou. Senti-me no céu, desejando ir pecando ate o inferno. Que delicia de beijo! Após outros beijos comecei a despi-la, notei que não usava nada por baixo, isto facilitou muito e em dois tempos eu estava nu também! Fizemos amor de todas as formas possíveis. Que corpo lindo! Sem estrias ou celulites, de tamanho definido por PHI, incansável, perfeita...

Não resistindo ao cansaço, entreguei-me ao colo de Morpheus, com sua cabeça apoiada em meu peito, abraçadinhos após uma batalha de amor.

Despertei com o sol a pino, todo nu, sozinho e cutucado pelo administrador do cemitério, gritando para chamarem a policia, pois tinha um doente pelado em seu cemitério, um necrófilo, um safado e outras coisas mais! Tentei argumentar algo enquanto punha a roupa, e sai dali perguntando pela garota que estava comigo. Me disse que ninguém esteve ali, apenas eu, tomei um susto, mas achei melhor preservar a moça. Já em seu escritório com a presença da PM, vi uma foto no jornal do dia em que destacava a moça que esteve comigo. Apontei para todos os presentes que era ela quem esteve comigo durante a noite e para minha surpresa todos se entreolharam assustados! Na manchete dizia “Aniversario de 10 anos da morte de...” seu nome em destaque e descrição do acidente de carro em que falecera.

No exame de corpo de delito antes de ir prá cadeia, constava algumas marcas do ato sexual e até hoje tenho marcas daquele dia.

Na exumação do corpo foi encontrado meu sêmen entre as ossadas, não houve arrombamento da tumba mortuária nem da urna, que ela esteve comigo, esteve!

Verdade...