OLIVEIRA IV, OLIVAS, AZEITONAS

ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO, ONDE RELATO FATOS HISTORICOS REAIS. A FONTE DE PESQUISA FOI WIKIPÉDIA. ESTA SAGA É COMPOSTA DE VI TEXTOS.

Médici começou muito bem seu mandato, em 25 de outubro reabriu o congresso e em 30 de outubro tomou posse. Não cassou mandato de ninguém e durante todo seu governo, a Arena saiu vencedora em todas as eleições.

No campo econômico, Antonio Delfim Neto, comandou o crescimento econômico, que ficou conhecido como milagre brasileiro. A indústria automobilística deu um salto na quantidade de veículos vendidos, principalmente para a classe média (foi o maior crescimento da classe média em todo o período da revolução). Saiu o acordo para a construção de Itaipu e a inflação era baixa.

Do governo Costa e Silva manteve o Andreazza, militar moderado e preocupado com a integração e finalmente as grandes obras do PIN saíram do papel, Ponte Rio Niterói, Transamazônica, Santarém-Cuiabá.

Outro militar moderado foi Jarbas Passarinho que criou o MOBRAL e fez uma grande campanha de alfabetização de adultos e com o PROJETO RONDON trabalhou para melhorar as condições de vida na Amazônia.

Em seu governo, assumi uma SG no EME, trabalhando próximo a Orlando Geisel, ministro do exército, Figueiredo Chefe do Gabinete Militar da Presidência, Fontoura Chefe do SNI, Bandeira Chefe do Comando Militar do Planalto e Miltinho, chefe do CIE no Rio de Janeiro, todos nós responsáveis por acabar com a subversão, que crescia dia a dia.

Em toda a comunidade de informações, cresciam os boatos sobre guerrilhas, principalmente no norte do país. Orlando foi designado para acabar com a subversão e em uma das reuniões com Médici, decidi que o Cel. Torres enviaria uma equipe ao Araguaia, para verificar as informações; foi escolhido um Major do CIE para a missão. Realmente havia movimentação na área e no inicio de 1970 foi realizada a primeira operação na região, batizada de “Marabá 70”. Eu queria que o Gen. Bandeira, ficasse com suas tropas estacionadas na área, mas acharam um exagero um General comandando uma operação desta natureza, isto era superestimar os insurgentes. Mas em 1971, em uma operação denominada “Mesopotâmia” comandada pelo Gen. Bandeira, prenderam 26 militantes.

Tudo estava saindo do controle, o exército estava sendo acusado de torturar e matar para obter informações.

Em 1973, em uma reunião na Granja do Torto, levei um esporro do Orlando e do Médici voltei para o Ministério e convoquei uma reunião com o Gen. Bandeira e o Gen. Miltinho e outra reunião com todos os comandantes do CIE, CMA e CMP. Na primeira reunião foi assim:

- Srs. Quero saber como acabar com a guerrilha do Araguaia? Após um longo silencio, continuei:

- Estão assaltando delegacias, deixando oficiais e soldados pelados, se armando às nossas custas, dando tiro nas costas de Capitão, coxas de Tenente, matando Sargento, cabo, soldados, e posseiros que não colaboram com eles, tem mulher dando tiro na cara de Coronel, que merda é esta? Porra! Se até o final deste ano, não acabarem com isto, vou por os dois no pijama, fui claro? Miltinho, já troquei todo o CIE por causa de um padre, troco de novo. Eu quero informações do CIE ANTES dos fatos acontecerem, DEPOIS de acontecido, eu assisto na Globo, não preciso do CIE. Vamos para o auditório.

Enquanto eles entravam no auditório, recebi um recado de minha esposa, fui telefonar para saber noticias e tinha que ir imediatamente pra lá. Foi a reunião de alto comando mais rápida em toda historia do exercito.

- Boa tarde! Do outro lado do corredor, fica o SG1, quem quiser por o pijama, levante-se e vá ate lá, aos que ficarem, quero o fim da guerrilha até o final do ano. Quem achar impossível ou não concordar, atravesse o corredor. Boa tarde!

Acho que quanto mais velho eu ficava, ficava mais radical ou ranzinza ou talvez os traumas da II guerra estivessem se aflorando ou a doença de minha esposa, estivesse me tirando do eixo. Sei que estas duas reuniões acabaram com minhas pretensões de substituir Médici, mesmo com seu apoio e do Orlando, grande parte do EME, tinha medo das três estrelas, que acabara de receber, já pensaram Presidente...

Integrantes subversivos mais espertos, se entregavam, delatavam seus companheiros e depois diziam que apanharam para confessar.

Quando acabasse a revolução, com certeza estes indivíduos, pleiteariam altas somas indenizatórias e até se candidatariam a Deputados, Senadores e até Presidentes! Isto seria o fim do mundo, uma terrorista como Presidente...

No inicio de 1974, a guerrilha foi considerada extinta, e em março de 1974, Médici foi substituído pelo General da reserva Ernesto Geisel.

Cesão
Enviado por Cesão em 20/03/2013
Reeditado em 20/03/2013
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