O PRIMO BURGUES NA ROÇA
Criado na cidade grande, o jovem não entendia nada das coisas da roça, foi quando por acaso descobriu um tio que morava numa pequena propriedade rural no interior do estado, de férias e já dono do seu nariz, resolveu ir conhecer o tão falado tio caipira e assim o fez.
Ao chegar na residência do tio, foi muito bem acolhido, alias esta é uma característica do sertanejo, acolher muito bem os visitantes, ainda mais se este fizer parte do seu sangue e por ser uma pessoas muito comunicativa e bem educado, o rapaz não encontrou dificuldades em se relacionar com o primos caipiras que na realidade era um renca deles e o que mais chamou a atenção eram as ferramentas de trabalho, não conhecia nadica de nada daquelas parafernálias esquisitas e nem como as coisas na roça funcionavam, porem como não era nada bobo, a tudo o que chamava atenção, perguntava a sua utilidade, o que era explicado de muito bom grado pelo tio ou pelos primos.
Mas foi lá no curral que um estranho objeto lhes chamou atenção, era um espécie de um banco com sinto de segurança e uma perna só fixada bem no centro do assento, imediatamente questionou o primo sobre a utilidade daquilo
__ Ah esse é o banquinho pra tirá leite das vacas primo!
O jovem burgues olhou, olhou, analisou o tamanho do objeto mas não via significado algum na dita cuja ferramenta, o primo caipira observou que o primo da cidade ainda continuava sem enteder patavina, então perguntou:
__ Arguma duvida primo?
__ Bom, é que gostaria de saber como vocês conseguem fazer a vaca sentar no banquinho?
O tio que estava proximo e assuntava a conversa com o cigarro de palha na boca, deu uma enorme e gostosa gargalhada ao ouvir a conversa e não se conteve:
__ Ahh meu subrinho, isso é difice dimais da conta.
E foi só no outro dia de manha quando primo acompanhou o tio até curral para ver a ordenha e tomar o tão falado leite com conhaque, que entendeu a utilidade do banquinho.