“Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.”

 Gerson era um bon vivant, não gostava de trabalhar e sempre estava na veia de alguma mulher com muito dinheiro e pouca sorte no amor. Ele proporcionava o que elas sonhavam e elas lhes proporcionavam o conforto. Mas a maré estava baixa para Gerson.
 
 Já fazia algum tempo que ele não conseguia uma boa vitima para ficar um tempo sugando os recursos e depois desaparecer como sempre fazia.


 Gerson sai para a caça às mulheres carentes que rondam a noite paulistana a procura, de quem sabe,“um grande amor”.

 Márcia, uma morena com seus trinta e poucos anos, bem sucedida que demonstrava o sucesso no vestir, no andar e até em respirar. Prato cheio para Gerson.

 Mas por essa ele não esperava.

 Márcia sentada só numa mesa daquele bar elegante, degustava um bom vinho e distraída ouvia as musicas tocadas naquela antiga jukebox.

 Gerson não perderia a chance de ataque.

 - O que faz uma moça tão linda sozinha? Diz com ar de galanteador barato.

 - Aguardando meu marido. Dispara a moça sem virar o rosto.

 Mas Gerson, malandro vivido, conhecia todas as artimanhas das mulheres. Elas não se entregam logo de cara.

 - E quem seria o idiota que deixaria uma menina tão linda a esperar por ele? Fala sentando de frente para Márcia sem pedir licença.

 - Este enorme senhor que está atrás de você. Márcia diz agora olhando para Gerson e pôde ver em seu semblante o medo congelar seu corpo com uma rapidez incomensurável.

 Antes que ele dissesse algo o marido de Márcia, um fisiculturista enorme tocou em seu ombro e disse:

 - Prazer, idiota a seu dispor...

Paulo Moreno
Enviado por Paulo Moreno em 11/03/2013
Reeditado em 12/03/2013
Código do texto: T4183471
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