“Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.”
Gerson era um bon vivant, não gostava de trabalhar e sempre estava na veia de alguma mulher com muito dinheiro e pouca sorte no amor. Ele proporcionava o que elas sonhavam e elas lhes proporcionavam o conforto. Mas a maré estava baixa para Gerson.
Já fazia algum tempo que ele não conseguia uma boa vitima para ficar um tempo sugando os recursos e depois desaparecer como sempre fazia.
Gerson sai para a caça às mulheres carentes que rondam a noite paulistana a procura, de quem sabe,“um grande amor”.
Márcia, uma morena com seus trinta e poucos anos, bem sucedida que demonstrava o sucesso no vestir, no andar e até em respirar. Prato cheio para Gerson.
Mas por essa ele não esperava.
Márcia sentada só numa mesa daquele bar elegante, degustava um bom vinho e distraída ouvia as musicas tocadas naquela antiga jukebox.
Gerson não perderia a chance de ataque.
- O que faz uma moça tão linda sozinha? Diz com ar de galanteador barato.
- Aguardando meu marido. Dispara a moça sem virar o rosto.
Mas Gerson, malandro vivido, conhecia todas as artimanhas das mulheres. Elas não se entregam logo de cara.
- E quem seria o idiota que deixaria uma menina tão linda a esperar por ele? Fala sentando de frente para Márcia sem pedir licença.
- Este enorme senhor que está atrás de você. Márcia diz agora olhando para Gerson e pôde ver em seu semblante o medo congelar seu corpo com uma rapidez incomensurável.
Antes que ele dissesse algo o marido de Márcia, um fisiculturista enorme tocou em seu ombro e disse:
- Prazer, idiota a seu dispor...