o jazigo

No jazigo de Dona Norma havia uma flor que o tempo por mais que passasse não murchava nem amarelava, e isso me intrigava, pois Dona Norma havia falecido há mais de trinta anos, e o jazigo já estava para desmoronar; sou zelador do cemitério há muitos anos eu não cheguei a conhecê-la, fui atrás de informações de quem era essa mulher, fiquei sabendo que na rua que passa atrás da linha férrea morava uma mulher que se chamava Dona Norma e que ela gostava muito de flores, na casa dela por todo lugar que se olhasse via jarros de todos os tipos de flores, ninguém sabia como ela conseguia tantas flores diversificadas, não havia quem passasse na rua que não admirasse tanta beleza, ela morava sozinha e assim ficou até alguém encontra-la desfalecida diante de certo jarro de flor, ninguém entendia porque toda a outra flor havia murchado e somente aquela permanecia viva e linda nas suas cores vividas, levaram aquela flor para que fosse colocada em cima do jazigo e assim ela permaneceu do mesmo jeito até hoje, mesmo com tanto sol ela não murcha, isso é um mistério que Dona Norma nunca poderá explicar, ainda bem, não é!?!