O CORONEL È O CABOCLO D'AGUA
O CORONEL È O CABOCLO D'AGUA
ALGUNS ANOS ATRAS NO MEU TEMPO DE CRIANÇA
CARREGO EM MINHAS LEMBRANÇAS
MUITOS CAUSOS DE ESTANÇIAS.
ASENTADO NA VARANDA NAQUELA
EPOCA ERA BIZARRO
O CHÃO ERA ASSOALHO PAREDES ERA DE BARRO
MAIS O CHIQUE ALI ERA BONITO, ERA FEITO DE PAU A PIQUE.
ALI DE SOREIA EM PE, EU SEMPRE ESCUTAVA UM CAUSO DE
ALGUEM SEMPRE A CONTAR
OLHA SO ESTE CAUSO ENTÂO SOBRE O FALEÇIDO CORONE
VINÇÊNTÂO QUE DEUS O TENHA, POIS ERA HOMEM VALENTÃO.
QUE SE DEPARO NAS AGUAS.
COM UM TAR CABOCLO DAGUA.
NOS MEADO DOS ANOS SETENTA .
CUMADE MARIA LEVAVA POLENTA
PRO SOR MERARDINO ALIMENTAR.
ELE SENTAVA NA VARANDA, PRA PODER ALI PROSEAR.
A PROSA ERA TÃO BOA, QUE EU PUXAVA UM.
VELHO TOCO PRA PODER SE ASSENTAR
SO MERARDINO VELHO MATUTO.
CHAPEU DE CORO ROÇERO DO BOM
PROSEAVA COM SEU CHICO.
QUE ERA GAGO TINHA MUITAS QUALIDADES.
MAS FALAVA COM DIFICULDADE.
AQUELES CAUSOS ELE GOSTAVA DE OUVIR
SEGURANDO EM SUA MÃO UM FEDIDO
FUMO ROLÃO.
ACENTADO ENRROLAVA SEU CIGARRO DE PALHA.
ESMARARDINO CHEIRAVA PÓ
E ESPIRRA QUE DAVA DO
SO MERARDINO COMEÇAVA, A CONTAR E CHICO COMEÇAVA A PITAR.
A PROSA ENTÃO COMEÇA LA NOS CANTO DA QUELA ROÇA ESMERARDINO ENTÃO
SE LEMBRA DO SEU TEMPO DE PIÃO QUANDO ELE TRABALHAVA PRO CORONER VINCENTÃO
O HOMEM TINHA UM FAZENDÃO.
ELE ERA UM HOMEM MUITO BÃO DE MUITAS POSSES
CABRA MACHO. E NO CINTURÃO LEVAVA SEMPRE, O FACÃO,
EM SUA CABEÇA UM CHAPEU DE CORO DE CARNEIRO
QUE GANHO DUM CANGACEIRO,
NA SALA EMPALHADA, FICAVA DIPINDURADA
VARIAS CABEÇAS DE BOI,
E LÁ NA VARANDA AÇENTADO.
ELE SEMPRE BALANÇAVA NUMA CADEIRA DE BALANÇO
E ENTAO ALI TIRAVA A PUEIRA DA VELHA CARTUCHEIRA.
SO MERARDINO ACANHADO MEIO COMO QUE NÃO QUER
VEIO FALAR COM O CORONER.
TARDE SEU CORENE VINCENTÃO
O SINHOR TA BÃO
HARA E PRO QUE NÃO DEVERIA DE
ESTAR AMIGO MERARDINO?
E QUE O SINHOR NO SABE DA HISTORIA?
HARA, QUE HISTORIA O AMIGO MERARDINO TA FALANDO.
E QUE APAREÇEU UM TAR BICHO LA PRAS BANDA DA LAGOA NO SABE?
UM TAR BICHO?
O QUE O AMIGO MERARDINO QUER ME DIZER?
É QUI OS PIÃO ESTAR DIZENDO
QUE E UM TAR CABOCO D’ AGUA,
O BICHO É PELUDO, E QUI SO PARECE NAS GAROA
E VIRA AS CANOA.
JÁ SORTEI INTÉ OS CACHORRO,
MAS ELES VORTÁ ATRAPAIADOS.
O CORONE MEIO MATREIRO
COM SEU JEITO GROSSEIRO
HARA AMIGO MERARDINO
ESSES HOME CHEGA INTE
ME DA DISGOSTO
POIS É BANDO DE CARÇA FROCHA.
PORQUE ESSES MATUTO
JÁ NÃO CORTO A CABEÇA DO CRAMULHUDO.
O CORONER VAI ME DISCURPÁ
MAS O TREM PARECE INTER
TER PARTE
COM A COISA RUIM
UMA HORA ELE PARECE
E OUTRA DESAPARECE.
O CORONEL OLHA BEM PARA O PIÃO
MERARDINO LEVANTA O VELHO CHAPEU
COLOCA A CARTUCHEIRA PENDURADA NA PAREDE E VOUTA
PRA PROSEAR.
POIS VO MOSTRAR PRA
PIÃO ZADA, QUE ESTE TAR CABOCO
D’ AGUA, VAI TER QUE
RECEBER SANTO, BEM LONGE DO
MEU TERREIRO.
HOJE MESMO
VOU ARRANCAR OS CORNOS DESSE BICHO
E OS PELO DESSE MARRENTO.
A VOU COLOCAR
PINDURADA; LA NA MINHA VARANDA.
E OS PIÃO VÃO TER QUE SABER
QUE O CORONER VICENTÃO.
É CAÇADOR DE ASSOMBRAÇÃO.
SÓ MERARDINO LEVANTA O CHAPER
E DISPEDE DO CORONER.
BAS, TARDE SEU CORONER,
SO MUITO RELIGIOSO,
TRATO QUE ESSE BICHO NÃO.
MAR CORONER FAÇA UMA BOA
CAÇADA AO MALEDITO.
A NOITE CHEGA E O CORONER SE
PREPARA PARA CAÇADA QUANDO
MERARDINO CHEGA.
NOITE CORONER
CUMADE MARIA,
MANDO UM CANTIR
DE AGUA PRO MODE
CORONER; MOIAR; OS BICO,
ESSA BROA DE FUBÁ PRA
MODE CORONER ALIMENTAR.
E ESSE TERÇO PRO
MODE CORONER REZAR.
NO SABE.
AGRADEÇO AMIGO MERARDINO.
MAS FAÇO GOSTO
QUE CORONER AMARRE O
CRAMUIÃO E JOGUE
DENTRO DO GARRAFÃO
QUE PERPAREI PARA O CORONER LEVAR.
AGRADECIDO AMIGO MERARDINO.
MAS ESTE TAR ;
SO DE OUVIR FALA DO
CORONER VINCETÃO
ESTÁ SE BORRANDO NO
CARÇÃO.
A MEIA NOITE O CORONER ENTRA EM AÇÃO
AMARRA O CINTURÃO
PENDURA DO LADO O FACÃO
E PREPARA A MUNIÇÃO
E EM SEGUIDA ACENDE O LAMPIÃO.
A CARTUCHEIRA VAI PARA AS COSTAS
E O VELHO CHAPEU
VAI PRA CABECEIRA
DO PESCOÇO.
AMONTO EM SEU CAVALO PENACHO.
AMARROU NELE UM LAÇO DE CORDA
E APIO SÓ NA LAGOA
ENTRO LOGO DENTRO DA CANOA
ENCOSTOU O CANTIL DO LADO
FOI SABOREAR A BROA DE FUBÁ
A CARTUCHEIRA ACABOU DE CARREGAR
E EM SEGUIDA FOI COCHILAR.
A ESPERA DO TA CABOCO D’AGUA.
ESTAVA ELE ACHANCAIADO NA CANOA,
QUANDO UM GALHO CAI NA LAGOA.
E A COISA FICOU BOA.
FOI UM BARULHO NA AGUA.
QUE CORONER LEVOU UM SUSTO.
E ATIROU POR TODO LADO
E NADA DO MARVADO.
NAQUELA CONFUSÃO
O LAMPIÃO SE APAGOU
E FOI PARAR LÁ NO FUNDÃO,
E CORONER ACABO NA ESCURIDÃO
AGARRADO NA CARTUCHEIRA COM TREMENDA TREMEDEIRA,
O CORONER UM TANTO SOA,
QUE AS PERNA INTÉ TREMIA.
A CANOA BALANÇOU
QUE ACABOU ATÉ VIROU.
O CORONER TODO MOLHADO
AGARROU ALGO NA AGUA
O CORONER VALENTÃO
AGARRA O FACÃO E COMEÇA
A GOUPEAR.
A COISA ERA GRANDE E FEIA,
E O CORONER NAQUELE AMAÇO
DIZ PRO BICHO
EU SOU MACHO.
VOU TE E AMARRAR COM MEU
LAÇO E TE LEVAR PRO MEU
PENACHO.
O CORONER LEVA AQUILO PRA MARGEM
E AGARRADO COM AQUELE DANADO
O CORONER FICA INTE CANSADO,
QUE DORMIU AMARANHADO.
E O DIA AMANHECEU
O CORONER TODO CAGADO
COM A CARÇAS ARRIADA
TODA SUJA E BORRADA.
A VERGONHA FOI TÃO GRANDE COM
O SUSTO QUE PASSOU.
POR QUE UM TOCO ELE AGARRO
E FOI COM TOCO QUE ELE LUTOU.
O CORONER MUITO ESPERTO
TOMOU LOGO UMA DECISÃO.
PARA NÃO PASSAR VERGONHA PERTO DOS
PIÃO.
JOGOU O TOCO NO PENACHO
E LEVOU EM SEU REGASSO.
COM UM PEDIDO NA MÃO CHAMOU O ARTESÃO
COLOCOU O TOCO NA TRANCA
E TRANSFORMOU EM UMA CARRANCA
O CORONER SE ACENTO NA CADEIRA DE BALANÇO.
E DO LADO COLOCOU A DANADA DA CARRANCA
SO MERARDINO APROXIMO TRAZENDO O CHAPER NA MÃO
DIA SOR CORONER.
DIA SOR MERARDINO.
HARA SO CORONER,
O QUE E ISSO QUE TA NA SUA VARANDA?
E O TAR BICHO?
HARA AMIGO MERARDINO
O AMIGO TINHA RAZÃO,
O CRAMULHAO TINHA PARTE COM O
DEMO.
QUE NA HORA QUE LUTEI
COM MALEDITO
ELE FICOU ROXO
QUE INTE VIROU UM TOCO.
ELE INTE SE BORROU, E SUJOU
AS MINHAS CARÇAS,
MAS PROVEI QUE SOU MACHO,
AMARREI ELE NO LAÇO
E CARREGUEI EM MEU PENACHO.
E ASSIM AMIGO CHICO,
ESPAEI A HISTORIA,
DO CORONER,
EM TODA CIDADE AGORA
TODO MUNDO QUE TEM
MEDO DE ASSOMBRAÇÃO.
TEM ESPANHADO,
ESSA TAR CARRANCA POR SUA
VARANDA ISSO TA MUITO BÃO,
PRA ESPANTAR ASSOMBRAÇÃO
NO SABE.
HE, HE, HE, AMIGO CHICO.
NUNCA APARECEU POR ESSAS
REDONDEZAS CABRA MACHO
COMO O CORONER.
QUE DEUS O TENHA.
O CORONEL È O CABOCLO D'AGUA
ALGUNS ANOS ATRAS NO MEU TEMPO DE CRIANÇA
CARREGO EM MINHAS LEMBRANÇAS
MUITOS CAUSOS DE ESTANÇIAS.
ASENTADO NA VARANDA NAQUELA
EPOCA ERA BIZARRO
O CHÃO ERA ASSOALHO PAREDES ERA DE BARRO
MAIS O CHIQUE ALI ERA BONITO, ERA FEITO DE PAU A PIQUE.
ALI DE SOREIA EM PE, EU SEMPRE ESCUTAVA UM CAUSO DE
ALGUEM SEMPRE A CONTAR
OLHA SO ESTE CAUSO ENTÂO SOBRE O FALEÇIDO CORONE
VINÇÊNTÂO QUE DEUS O TENHA, POIS ERA HOMEM VALENTÃO.
QUE SE DEPARO NAS AGUAS.
COM UM TAR CABOCLO DAGUA.
NOS MEADO DOS ANOS SETENTA .
CUMADE MARIA LEVAVA POLENTA
PRO SOR MERARDINO ALIMENTAR.
ELE SENTAVA NA VARANDA, PRA PODER ALI PROSEAR.
A PROSA ERA TÃO BOA, QUE EU PUXAVA UM.
VELHO TOCO PRA PODER SE ASSENTAR
SO MERARDINO VELHO MATUTO.
CHAPEU DE CORO ROÇERO DO BOM
PROSEAVA COM SEU CHICO.
QUE ERA GAGO TINHA MUITAS QUALIDADES.
MAS FALAVA COM DIFICULDADE.
AQUELES CAUSOS ELE GOSTAVA DE OUVIR
SEGURANDO EM SUA MÃO UM FEDIDO
FUMO ROLÃO.
ACENTADO ENRROLAVA SEU CIGARRO DE PALHA.
ESMARARDINO CHEIRAVA PÓ
E ESPIRRA QUE DAVA DO
SO MERARDINO COMEÇAVA, A CONTAR E CHICO COMEÇAVA A PITAR.
A PROSA ENTÃO COMEÇA LA NOS CANTO DA QUELA ROÇA ESMERARDINO ENTÃO
SE LEMBRA DO SEU TEMPO DE PIÃO QUANDO ELE TRABALHAVA PRO CORONER VINCENTÃO
O HOMEM TINHA UM FAZENDÃO.
ELE ERA UM HOMEM MUITO BÃO DE MUITAS POSSES
CABRA MACHO. E NO CINTURÃO LEVAVA SEMPRE, O FACÃO,
EM SUA CABEÇA UM CHAPEU DE CORO DE CARNEIRO
QUE GANHO DUM CANGACEIRO,
NA SALA EMPALHADA, FICAVA DIPINDURADA
VARIAS CABEÇAS DE BOI,
E LÁ NA VARANDA AÇENTADO.
ELE SEMPRE BALANÇAVA NUMA CADEIRA DE BALANÇO
E ENTAO ALI TIRAVA A PUEIRA DA VELHA CARTUCHEIRA.
SO MERARDINO ACANHADO MEIO COMO QUE NÃO QUER
VEIO FALAR COM O CORONER.
TARDE SEU CORENE VINCENTÃO
O SINHOR TA BÃO
HARA E PRO QUE NÃO DEVERIA DE
ESTAR AMIGO MERARDINO?
E QUE O SINHOR NO SABE DA HISTORIA?
HARA, QUE HISTORIA O AMIGO MERARDINO TA FALANDO.
E QUE APAREÇEU UM TAR BICHO LA PRAS BANDA DA LAGOA NO SABE?
UM TAR BICHO?
O QUE O AMIGO MERARDINO QUER ME DIZER?
É QUI OS PIÃO ESTAR DIZENDO
QUE E UM TAR CABOCO D’ AGUA,
O BICHO É PELUDO, E QUI SO PARECE NAS GAROA
E VIRA AS CANOA.
JÁ SORTEI INTÉ OS CACHORRO,
MAS ELES VORTÁ ATRAPAIADOS.
O CORONE MEIO MATREIRO
COM SEU JEITO GROSSEIRO
HARA AMIGO MERARDINO
ESSES HOME CHEGA INTE
ME DA DISGOSTO
POIS É BANDO DE CARÇA FROCHA.
PORQUE ESSES MATUTO
JÁ NÃO CORTO A CABEÇA DO CRAMULHUDO.
O CORONER VAI ME DISCURPÁ
MAS O TREM PARECE INTER
TER PARTE
COM A COISA RUIM
UMA HORA ELE PARECE
E OUTRA DESAPARECE.
O CORONEL OLHA BEM PARA O PIÃO
MERARDINO LEVANTA O VELHO CHAPEU
COLOCA A CARTUCHEIRA PENDURADA NA PAREDE E VOUTA
PRA PROSEAR.
POIS VO MOSTRAR PRA
PIÃO ZADA, QUE ESTE TAR CABOCO
D’ AGUA, VAI TER QUE
RECEBER SANTO, BEM LONGE DO
MEU TERREIRO.
HOJE MESMO
VOU ARRANCAR OS CORNOS DESSE BICHO
E OS PELO DESSE MARRENTO.
A VOU COLOCAR
PINDURADA; LA NA MINHA VARANDA.
E OS PIÃO VÃO TER QUE SABER
QUE O CORONER VICENTÃO.
É CAÇADOR DE ASSOMBRAÇÃO.
SÓ MERARDINO LEVANTA O CHAPER
E DISPEDE DO CORONER.
BAS, TARDE SEU CORONER,
SO MUITO RELIGIOSO,
TRATO QUE ESSE BICHO NÃO.
MAR CORONER FAÇA UMA BOA
CAÇADA AO MALEDITO.
A NOITE CHEGA E O CORONER SE
PREPARA PARA CAÇADA QUANDO
MERARDINO CHEGA.
NOITE CORONER
CUMADE MARIA,
MANDO UM CANTIR
DE AGUA PRO MODE
CORONER; MOIAR; OS BICO,
ESSA BROA DE FUBÁ PRA
MODE CORONER ALIMENTAR.
E ESSE TERÇO PRO
MODE CORONER REZAR.
NO SABE.
AGRADEÇO AMIGO MERARDINO.
MAS FAÇO GOSTO
QUE CORONER AMARRE O
CRAMUIÃO E JOGUE
DENTRO DO GARRAFÃO
QUE PERPAREI PARA O CORONER LEVAR.
AGRADECIDO AMIGO MERARDINO.
MAS ESTE TAR ;
SO DE OUVIR FALA DO
CORONER VINCETÃO
ESTÁ SE BORRANDO NO
CARÇÃO.
A MEIA NOITE O CORONER ENTRA EM AÇÃO
AMARRA O CINTURÃO
PENDURA DO LADO O FACÃO
E PREPARA A MUNIÇÃO
E EM SEGUIDA ACENDE O LAMPIÃO.
A CARTUCHEIRA VAI PARA AS COSTAS
E O VELHO CHAPEU
VAI PRA CABECEIRA
DO PESCOÇO.
AMONTO EM SEU CAVALO PENACHO.
AMARROU NELE UM LAÇO DE CORDA
E APIO SÓ NA LAGOA
ENTRO LOGO DENTRO DA CANOA
ENCOSTOU O CANTIL DO LADO
FOI SABOREAR A BROA DE FUBÁ
A CARTUCHEIRA ACABOU DE CARREGAR
E EM SEGUIDA FOI COCHILAR.
A ESPERA DO TA CABOCO D’AGUA.
ESTAVA ELE ACHANCAIADO NA CANOA,
QUANDO UM GALHO CAI NA LAGOA.
E A COISA FICOU BOA.
FOI UM BARULHO NA AGUA.
QUE CORONER LEVOU UM SUSTO.
E ATIROU POR TODO LADO
E NADA DO MARVADO.
NAQUELA CONFUSÃO
O LAMPIÃO SE APAGOU
E FOI PARAR LÁ NO FUNDÃO,
E CORONER ACABO NA ESCURIDÃO
AGARRADO NA CARTUCHEIRA COM TREMENDA TREMEDEIRA,
O CORONER UM TANTO SOA,
QUE AS PERNA INTÉ TREMIA.
A CANOA BALANÇOU
QUE ACABOU ATÉ VIROU.
O CORONER TODO MOLHADO
AGARROU ALGO NA AGUA
O CORONER VALENTÃO
AGARRA O FACÃO E COMEÇA
A GOUPEAR.
A COISA ERA GRANDE E FEIA,
E O CORONER NAQUELE AMAÇO
DIZ PRO BICHO
EU SOU MACHO.
VOU TE E AMARRAR COM MEU
LAÇO E TE LEVAR PRO MEU
PENACHO.
O CORONER LEVA AQUILO PRA MARGEM
E AGARRADO COM AQUELE DANADO
O CORONER FICA INTE CANSADO,
QUE DORMIU AMARANHADO.
E O DIA AMANHECEU
O CORONER TODO CAGADO
COM A CARÇAS ARRIADA
TODA SUJA E BORRADA.
A VERGONHA FOI TÃO GRANDE COM
O SUSTO QUE PASSOU.
POR QUE UM TOCO ELE AGARRO
E FOI COM TOCO QUE ELE LUTOU.
O CORONER MUITO ESPERTO
TOMOU LOGO UMA DECISÃO.
PARA NÃO PASSAR VERGONHA PERTO DOS
PIÃO.
JOGOU O TOCO NO PENACHO
E LEVOU EM SEU REGASSO.
COM UM PEDIDO NA MÃO CHAMOU O ARTESÃO
COLOCOU O TOCO NA TRANCA
E TRANSFORMOU EM UMA CARRANCA
O CORONER SE ACENTO NA CADEIRA DE BALANÇO.
E DO LADO COLOCOU A DANADA DA CARRANCA
SO MERARDINO APROXIMO TRAZENDO O CHAPER NA MÃO
DIA SOR CORONER.
DIA SOR MERARDINO.
HARA SO CORONER,
O QUE E ISSO QUE TA NA SUA VARANDA?
E O TAR BICHO?
HARA AMIGO MERARDINO
O AMIGO TINHA RAZÃO,
O CRAMULHAO TINHA PARTE COM O
DEMO.
QUE NA HORA QUE LUTEI
COM MALEDITO
ELE FICOU ROXO
QUE INTE VIROU UM TOCO.
ELE INTE SE BORROU, E SUJOU
AS MINHAS CARÇAS,
MAS PROVEI QUE SOU MACHO,
AMARREI ELE NO LAÇO
E CARREGUEI EM MEU PENACHO.
E ASSIM AMIGO CHICO,
ESPAEI A HISTORIA,
DO CORONER,
EM TODA CIDADE AGORA
TODO MUNDO QUE TEM
MEDO DE ASSOMBRAÇÃO.
TEM ESPANHADO,
ESSA TAR CARRANCA POR SUA
VARANDA ISSO TA MUITO BÃO,
PRA ESPANTAR ASSOMBRAÇÃO
NO SABE.
HE, HE, HE, AMIGO CHICO.
NUNCA APARECEU POR ESSAS
REDONDEZAS CABRA MACHO
COMO O CORONER.
QUE DEUS O TENHA.