PAI ASSASSINO
___ Tem certeza que quer assistir a autopsia? Perguntou o médico.
___ Sim doutor, quero sim. Respondeu Sr. Duarte com a voz tremula e com os olhos lacrimosos.
Aquele dia foi o mais infeliz de toda sua vida. Perdeu o filho vítima de toxicidade etílica, atestado de óbito assinado pelo médico plantonista que examinou o corpo na emergência do pronto socorro.
Sr. Duarte ainda desconfiado, achando que a causa morte poderia ser outra, talvez vítima de envenenamento, não se conformava com o ocorrido queria ter a certeza disso e só assim ficaria mais tranquilo.
Seu filho há alguns meses se amigara com uma mulher que não lhe parecia de boa índole, não foi com a cara dela desde o primeiro dia que a viu, por isso o motivo da desconfiança.
Sr. Duarte era pai de 5 filhas, e quando na sexta gravidez da mulher, na ultrassonografia viu que o sonho de ser pai de um menino seria concretizado pulou de alegria.
__ É macho o pimpolho e vai se chamar Eduardo! Exclamou ele diante dos amigos que vieram visitar o recém nascido.
__E se é macho vai ter que gostar de beber cachaça como eu. Completou sorrindo.
Anos se passaram.
Quando o Eduardo completou 16 anos Sr. Duarte fez questão de servi-lhe sua primeira dose de cachaça e é que o menino gostou e desde então não parou.
Sr. Duarte estava certo, o menino era mesmo macho e na sua medíocre concepção, isso lhe agradou. Só não atinou para o fato de que cachaça como qualquer bebida alcoólica é viciante, e foi exatamente o que aconteceu. Eduardo se viciou e começou a beber com frequência.
Mesmo assim conseguiram emprego para o rapaz em uma instituição pública através de um político. Emprego esse que não passava de uma mamada, pois o mesmo só ia mesmo assinar o ponto e logo após se dirigia para um boteco pra encher a cara.
A mãe sofria muito e o pai também por ver seu único filho naquele situação.
Pra aumentar as preocupações, Eduardo conheceu Raquel que também gostava de beber, os dois resolveram viver juntos mesmo sem o apoio de seus pais, que contestaram, mas que não conseguiram impedir.
A situação do rapaz piorou e daí por diante tornou-se um alcoólatra inveterado e nem ao trabalho mais compareceu. Esse era o motivo do pai de Eduardo não gostar daquela união que viera apenas para piorar.
Tentaram interná-lo em uma clinica de recuperação, mas ele não concordou sempre prometendo parar.
Naquele dia o celular do Sr. Duarte tocou as 4 da manhã e a notícia foi a pior possível. Seu filho foi encontrado morto na cama em seu apartamento e Raquel não soube explicar como tudo havia acontecido. Disse simplesmente que tinha passado a noite fora e quando chegou chamou e ele não respondeu, constatou que ele estava morto e chamou a polícia.
Seu Duarte desconfiado e inconformado com a morte de Eduardo exigiu a autópsia, tentando encontrar alguém a quem culpar por sua morte.
O médico constatou que Eduardo fora acometido de uma doença causada pelo excesso de álcool chamada cirrose hepática, doença esta que impede o fígado de realizar funções vitais no organismo, levando a uma falência dos orgãos.
Sr. Duarte Chorou ao escutar do médico o resultado. Na realidade o que queria mesmo ao exigir a autopsia era encontrar alguém que o aliviasse da culpa, sentiu-se naquele momento o assassino de seu próprio filho.
Não contestou, viu com seus próprios olhos não só o estrago que o álcool havia feito no seu filho, mas também o mal que ele mesmo havia lhe causado.
Hoje sua missão é recuperar alccolátras, levando-os sóbrios ao encontro de uma vida digna, mesma numa sociedade injusta e com exclusões.
___ Tem certeza que quer assistir a autopsia? Perguntou o médico.
___ Sim doutor, quero sim. Respondeu Sr. Duarte com a voz tremula e com os olhos lacrimosos.
Aquele dia foi o mais infeliz de toda sua vida. Perdeu o filho vítima de toxicidade etílica, atestado de óbito assinado pelo médico plantonista que examinou o corpo na emergência do pronto socorro.
Sr. Duarte ainda desconfiado, achando que a causa morte poderia ser outra, talvez vítima de envenenamento, não se conformava com o ocorrido queria ter a certeza disso e só assim ficaria mais tranquilo.
Seu filho há alguns meses se amigara com uma mulher que não lhe parecia de boa índole, não foi com a cara dela desde o primeiro dia que a viu, por isso o motivo da desconfiança.
Sr. Duarte era pai de 5 filhas, e quando na sexta gravidez da mulher, na ultrassonografia viu que o sonho de ser pai de um menino seria concretizado pulou de alegria.
__ É macho o pimpolho e vai se chamar Eduardo! Exclamou ele diante dos amigos que vieram visitar o recém nascido.
__E se é macho vai ter que gostar de beber cachaça como eu. Completou sorrindo.
Anos se passaram.
Quando o Eduardo completou 16 anos Sr. Duarte fez questão de servi-lhe sua primeira dose de cachaça e é que o menino gostou e desde então não parou.
Sr. Duarte estava certo, o menino era mesmo macho e na sua medíocre concepção, isso lhe agradou. Só não atinou para o fato de que cachaça como qualquer bebida alcoólica é viciante, e foi exatamente o que aconteceu. Eduardo se viciou e começou a beber com frequência.
Mesmo assim conseguiram emprego para o rapaz em uma instituição pública através de um político. Emprego esse que não passava de uma mamada, pois o mesmo só ia mesmo assinar o ponto e logo após se dirigia para um boteco pra encher a cara.
A mãe sofria muito e o pai também por ver seu único filho naquele situação.
Pra aumentar as preocupações, Eduardo conheceu Raquel que também gostava de beber, os dois resolveram viver juntos mesmo sem o apoio de seus pais, que contestaram, mas que não conseguiram impedir.
A situação do rapaz piorou e daí por diante tornou-se um alcoólatra inveterado e nem ao trabalho mais compareceu. Esse era o motivo do pai de Eduardo não gostar daquela união que viera apenas para piorar.
Tentaram interná-lo em uma clinica de recuperação, mas ele não concordou sempre prometendo parar.
Naquele dia o celular do Sr. Duarte tocou as 4 da manhã e a notícia foi a pior possível. Seu filho foi encontrado morto na cama em seu apartamento e Raquel não soube explicar como tudo havia acontecido. Disse simplesmente que tinha passado a noite fora e quando chegou chamou e ele não respondeu, constatou que ele estava morto e chamou a polícia.
Seu Duarte desconfiado e inconformado com a morte de Eduardo exigiu a autópsia, tentando encontrar alguém a quem culpar por sua morte.
O médico constatou que Eduardo fora acometido de uma doença causada pelo excesso de álcool chamada cirrose hepática, doença esta que impede o fígado de realizar funções vitais no organismo, levando a uma falência dos orgãos.
Sr. Duarte Chorou ao escutar do médico o resultado. Na realidade o que queria mesmo ao exigir a autopsia era encontrar alguém que o aliviasse da culpa, sentiu-se naquele momento o assassino de seu próprio filho.
Não contestou, viu com seus próprios olhos não só o estrago que o álcool havia feito no seu filho, mas também o mal que ele mesmo havia lhe causado.
Hoje sua missão é recuperar alccolátras, levando-os sóbrios ao encontro de uma vida digna, mesma numa sociedade injusta e com exclusões.