O XERO DA PERERECA, POR UM HOMEM AMOROSO,

ALIPIO CANDIDO DA SILVA, meu amigo partiu desta pra melhor, no ano de 2012, e lá se foi uma das ultimas LENDAS VIVAS DO NORTE DE MATO GROSSO, de pistoleiro afamado, a fazendeiro, de fazendeiro a excelente PAI, e grande fazendeiro, ALIPIO, foi exemplo, era o pai dos pobres, na cidade de PARANAITA - mato Grosso, na casa dele os pés inchados, bebados, andarilhos, assim chamados naquela região, tinham sempre um bom prato cheio de comida, cheio de CARNE, , e pobre não pagava enterro, ele cuidava disso, era o jeito ALIPIO DE EQUILIBRAR A BALANÇA, fazer o bem sem olhar a quem, barriga vazia, para pobre não existiu enquanto ele esteve vivo, sou testemunha do fato, ALIPIO, foi um homem amoroso, amou muito, teve mais de uma dezena de filhos, mais uma de uma centena de mulheres, mesmo casado, já com oitenta anos acometido de doença, lá iamos eu, ele mais candinho seu filho, dentro de uma caminhonete, eu para brincar com ele, falei seu ALIPIO, o senhor um homem amoroso, como faz agora, que o trem não vai mais, ele PRONTAMENTE, DR. PARA MATAR SAUDADES EU XERO, é assim DR. eu vou lá na fazenda, mando o vaqueiro pra ultimo invernada, uns 30 kilometros da sede, e ele fica uns 04 dias , assim que ele sai vou na casa dele, com 200 reais, dou pra mulher dele e fico só xerando a perereca, o trem não reage não dr. mas a quanta saudades, quantos sonhos aquele xero me traz de volta, volto mais novo pra casa DR, aquele vaquero não mando embora nunca.