MARTIN NIEMÖLLER E MINHA CERVEJA

 
Recentemente, senti-me como o pastor luterano e filosofo alemão Martin Niemöller, em seu texto “E não sobrou ninguém”, com algumas visitas que recebi em casa.
Chegaram sem avisar, se abancaram nos melhores lugares, se apossaram do controle remoto da TV, perguntaram o que tinha para comer, usaram o banheiro sem fechar as portas, e o que é pior:
- Abriram a geladeira eu calei, achei sem importância.
- Não colocaram nada dentro, não me incomodei, era a primeira vez
- Reclamaram da marca de minha cerveja, fingi não entender.
- Tomaram minha cerveja gelada, achei que estava sendo educado.
- Acabaram com minha cerveja, comprei mais.
- Ninguém falou nada, mandei todos à puta que os pariu.
Ainda bem que me lembrei de Niemöller.
 
TEXTO DE MARTIM NIEMÖLLER (Lippstdt, 14/01/1892-Wiesbaden, 06/03/1984).
"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”.

Cesão
Enviado por Cesão em 03/12/2012
Código do texto: T4017512
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