* Carrinhos de compras II *
A princípio o gerente do supermercado ficou sem saber o que fazer, pediu sigilo a seu funcionário e recolheu-se para pensar junto com o seu advogado, onde conversaram por longas horas sobre o assunto até tomarem uma decisão.
Resolveram contar para o casal, expor o ocorrido, enfrentar o problema com seriedade e cabeça erguida afinal não tiveram culpa. Se por acaso o casal quisessem uma indenização eles já pensaram inclusive numa quantia para lhes oferecer, se eles quisessem levar para a polícia, também iriam enfrentar.
O que o gerente não conseguia era ficar de braços cruzados ou não fazer nada para ajudar aquela família diante desta perda tão dolorosa, que de certo modo ele era o culpado. Sua religião e conduta dizia que ele tinha que corrigir este mal feito.
Foram á procura do casal para lhes informar o acontecido.
O casal ao receber a notícia entrou em choque, nunca imaginaram que podia ter sido daquela maneira. E definitivamente exigiam que providências fossem tomadas para não acontecer o mesmo com outras crianças.
Sugeriram que não aceitassem o uso de papelões nos carrinhos de compras e que diariamente fossem realizadas limpezas nos mesmos, que realisassem vistorias diariamente antes do uso dos mesmos e no ambiente onde eles ficam guardados.
O gerente ainda doou um cheque no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para ser gasto com o que bem entendessem.
Eles não queriam aceitar, dizendo que nada traria seu filho de volta, mas, após insistência por parte do gerente, aceitaram.
O casal foi á uma igreja de sua devoção e depositou-o no cofre, para ser gasto em benefício de alguma forma pela mesma. Todos os dias o casal volta lá para realização de suas orações e pedir a Deus força para superar essa tragédia.