O MILAGRE DA MEDALHINHA DE OURO(4ª PARTE)

Alguém tocou a campainha à criada atendeu.-- Dona Amália o médico chegou! –Médico acaso você pediu medico Jorge? – Não querida! – Boa tarde dona Amália, boa tarde seu Jorge, passando pelo bairro resolvi vê-los saber como estão, se tem alguma novidade! –Temos sim doutor Sergio meu irmão acaba de me ligar, acharam o carro do Carlos, estão tentando retirá-lo de dentro do rio. – Que coincidência em doutor-, justo quando passava pelo bairro! Nós estamos bem não seria necessário te ligarem para nos dar esta noticia! –Que isso dona Amália ninguém me ligou, mas já que estou aqui, é bom vocês tomarem um calmante para se tranqüilizarem. —Eu, vou tomar calmante nenhum Jorge se quiser que o tome! -- Quero ir imediatamente para lá quero participar do resgate e estar o maior tempo possível perto de nosso filho, respondeu Jorge ! – Claudio não está naquele carro eu já disse e repito meu filho não está morto! – Mamãe aceite a realidade chegou a hora de ser mais forte ainda, não há nenhuma possibilidade, seria muito bom, mas é impossível, vamos aguardar, assim que houver o resgate e o corpo for liberado nós vamos velar meu irmão.

Nenhum argumento tanto do médico como dos dois filhos convenceram o casal que partiu para o local da tragédia. Assim que os bombeiros conseguiram içar o carro preso ao enorme tronco de arvore o casal chegou acompanhado dos dois filhos e o médico. --- E ai comandante resgate demorado em?—De fato foi o mais difícil, o carro preso a esta arvore complicou, mas agora vamos serrar a galhada e abri-lo, para que possamos retirar o corpo de seu irmão. Uma enorme ansiedade e expectativa tomaram a todos, e qual não foi à surpresa. E o incrível aconteceu o carro estava vazio nem lama como os demais resgatados, havia no seu interior,ao ser rebocado rio acima por longa distancia contra a correntea a água provocou um intenso jato lavando seu interior.– Eu não disse que meu filho não estava ai! –ficaram todos boquiabertos, e esta agora onde esta o corpo de Claudio?

Examinando o interior do veiculo constatou que no impacto uma segunda galha que formava uma forquilha na arvore, cuja ponta estava agarrada no cinto, parece ter penetrado raspando a lateral do veículo partiu o cinto liberando o motorista, que provavelmente foi arremessado pela abertura deixada pelo pára-brisa.

Reunida com equipe de resgate a família decidiu que fariam uma busca minuciosa na esperança de encontrar o corpo possivelmente abortado pela cheia do rio em suas margens cobertas por matas ciliares. Amália manteve seu firme propósito que o filho estaria vivo reforçando o desejo de efetuarem tal busca o mais rápido possível, na esperança de salvá-lo. Tão logo se noticiou o encontro do veiculo confirmando a ausência do engenheiro no seu interior, uma multidão de amigos, compareceu voluntariamente para participar das buscas. Uma operação pente fino foi realizada às margens nos dois rios, por mais duas semanas, mas nenhum resultado positivo foi obtido. Em fim perderam a esperança e desistiram. Amália continuava afirmando que o filho estaria vivo e a qualquer momento ela o teria de volta. Encerraram os trabalhos, e aos poucos o episódio caía no esquecimento voltando a rotina normal do cotidiano.

(Continua na próxima semana)

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 22/10/2012
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T3945697
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