O MILAGRE DA MEDALHINHA DE OURO(3ª PARTE)
Com o leito do rio praticamente normal os trabalhos foram recomeçados, embora o nevoeiro permanecesse intenso não choveu. No final do dia o saldo das buscas foi positivo, de todos os desaparecidos reclamados por seus familiares, apenas o carro de Claudio não foi encontrado. Cogitou a hipótese de ele não haver subemergido no rio, mas logo descararam essa possibilidade uma vez que até o momento ele não fora visto em lugar nenhum. A hipótese reacendeu a esperança de seus familiares, mas essa possibilidade foi descartada logo após, quando encontraram o para brisa de um veiculo com um logotipo da industria onde ele trabalhava. Constataram que o equipamento foi arrancado de dentro para fora, uma vez que o sinal nele existente provava ser de uma forte pancada com um objeto sólido. Continuou a operação até que a noite caiu sem mais nenhum sucesso. Mais uma noite de intensa angustia para a família. Jorge embora bastante abatido tentava de todas as formas convencer sua esposa aceitar a realidade, e desistir da idéia de encontrarem o filho com vida. - Eu compreendo perfeitamente sua dor, mas seja forte e vamos juntos aceitar a realidade, como que nosso filho poderia sobreviver nesta tragédia se nem um sobrevivente foi encontrado? – Meu querido podem até me julgarem como louca meu coração de mãe esta me dizendo que meu filho não morreu!
Vasculharam minuciosamente os cinco quilômetros na distancia entre a ponte rompida e a desembocadura no grande rio que recebia a fluência do caudal da tragédia, e nada encontraram. Uma única alternativa era esperar pelo tempo de seca quando o volume d’água chegasse ao mais baixo nível possibilitando o mapeamento das crateras rochosas no fundo rio, talvez o carro de Claudio estivesse entalado nalguma solapa. Diante desta possibilidade, os trabalhos foram suspensos.
Nas imediações da desembocadura a equipe se preparava para retirar do local quando um pescador que subia o Solimões no seu baquinho motorizado avisou aos bombeiros que um carro descia flutuando preso a uma grade galhada de arvore seca. Lançaram o barco grande no rio que mais parecia um oceano e rumaram na direção indicada, muitos quilômetros abaixo alcançaram a grande arvore, o veiculo preso por uma ponta de madeira, que o atravessou entrando pelo para brisa traseiro e saído pelo dianteiro , como se o tivessem colocado propositalmente. Isso provava que o veiculo rodopiou no ar antes de atingir a grande arvore, resultando no impacto que arremessou o pára-brisa dianteiro de dento para fora. Admirados com a sena os bombeiros o rebocaram, aliás, com muita facilidade. Uma grande euforia por parte dos deles, e um misto de alivio e tristeza abateu sobre os irmãos de Claudio, que ao checarem a chapa do carro ainda submerso no rio, constataram que realmente era o veiculo do irmão. A primeira reação que tiveram foi ligar aos irmãos solicitando a eles, que avisasse ao medico para dirigir a casa de seus pais, para os assistirem preparando-os para receber a noticia. Seria com ceteza o mais triste episódio na familia,mas ao mesmo tempo o término daquela aguntiante sepectaiva.
(Continua na próxima semana)