Agenor - In Contos
Agenor, um amigo meu de idos tempos,dizia, sempre, com sua sabedoria de rapaz que adorava a noite, mulheres,bebidas : " - Às vezes, por causa de um buraquinho, a gente se mete em cada buracão". E ele falava isto com larga experiência de causa.
Certa vez, ele me contou um caso acontecido com ele. Estava ele num barzinho ( mesas do bar na calçada ), quando do lado oposto da mesma calçada, ele notou aquela mulher de beleza raríssima que única; toda aquela beleza sorria para ele.
Agenor não hesitou, levantou-se, dirigiu-se até ela.
- Oi, meu nome é Agenor. Prazer.
- Oi, eu sou Linda.
- É, você é linda mesmo.
- Não, meu nome é Linda.
- Ah, então você é linda duas vezes.
- Obrigada. Sente-se.
E o papo rolou agradável noite a dentro. Amadrugadeceu e Agenor ofereceu-se para levá-la à casa dela. Ela disse que morava ali perto com umas amigas.Dividia um pequeno apê com elas.
Esperançoso de terminar a noite com chave de ouro, lá se foi Agenor com sua bela Linda.
Ao chegar ao apê, naturalmente, Linda o convidou a entrar e tomar
qualquer coisa com ela. Agenor nem pensou, ou melhor o cérebro tinha travado , no momento,em que Linda lhe sorriu no bar. Entrou, bebeu mais um pouco e, ingrata surpresa, surgiram três homenzarrões, agre-
dindo-o, tirando-lhe as roupas, sapatos, dinheiro, carteira, relógio e tudo o mais. Depois de apanhar bastante, jogaram-no na rua. Agenor
tentou levantar-se mas a região traseira doía-lhe muito; pareciam ter-lhe feito uma colonoscopia com grossa borracha para averiguar lá dentro.
Nu que estava,jogado na rua , a polícia não teve dúvida, levou-o para o xadrez, onde viu o dia amanhecer.
Lição aprendida ? ? Nada.
Agenor continua o mesmo, tanto é, que pouco tempo depois, entrou em uma nova fria, mas desta vez, sem colonoscopia. Apenas, oral.