SENHORA FELICIDADE (Primeira parte)
SENHORA FELICIDADE
Primeira parte
Ao findar o dia de trabalho olhei para trás ao sair pra ver se o serviço havia rendido. Nesse dia eu trabalhava sozinho. A capoeira faltava pouca pra terminar de roçar e eu poder voltar mais cedo para o nosso rancho. Aquele dia trabalhei bastante. Levei o almoço. Meu intervalo pra boia foi de aproximadamente vinte minutos. Não queria voltar no dia seguinte. Eu era muito jovem e com muita disposição. Levantava de madrugada. Enquanto tomava chimarrão compunha alguns versos que a maioria deles se perderam. Naquele dia fiz um pequeno poema que dei o título de “A busca da felicidade”. O início dizia assim: A felicidade está em nós, e não a vemos... “. Essa frase ficou martelando na minha mente nesse dia. Dinheiro eu não tinha. Carro também não. Passei o dia pensando enquanto roçava. Ao findar meu roçado gritei bem alto que fez eco nas coxilhas: Onde está felicidade! Vem felicidade...
Retornava para o rancho sentindo fraqueza de tanta fome e cansado. No caminho havia um olho d’água. Ao lado, algumas pedras. Sobre as mesmas estava uma mulher, uma senhora aparentando oitenta a noventa anos. Um lenço rosa claro na cabeça e uma roupa branca resplandecente. A posição que estava: ajoelhada, mas com as pernas dobradas e sentada sobre os calcanhares. Nem os pés davam pra ver porque estavam cobertos. Olhou pra mim e deu um sorriso, o mais bonito que vi até hoje. Começou a falar comigo sobre o olho d’água. Disse que lamentava a estupidez do ser humano em não preservar a natureza. Aquela mina continuava cristalina porque o homem não encontrou o jeito de destruí-la. E ela prosseguiu:
- Ouvi você gritar felicidade. Tua voz ecoou nessas coxilhas e foi ouvida pelos anjos. O que você fala não é nada em vão. Meu filho, você sabe o que é felicidade?
Nesse momento a velhinha fez como se fosse me abraçar. As compridas mangas da sua roupa eram largas. Ao estender os braços pareciam duas asas refulgentes. Limitei a prestar atenção. Não tive coragem de perguntar nada. Fiquei em silêncio observando. Ela continuou:
- Meu filho, a felicidade está dentro de você. Só o fato de querer, já está instalada em você...
(...)
Continua
Interação de Rosa D'Saron. Obrigado, poetisa.
Bom dia amigo Christiano!Entrei,me sentei,me transportei ao campo,para ver e sentir a beleza do seu conto...
SENTINDO A FELICIDADE
"Senhora Felicidade"
,é o que sentimos sem tocar,
que tocamos sem ver,
mas que preenche todo nosso ser
quando temos com quem a compartilhar!
As vezes ela vem em forma de palavras,
outra em forma de afagos
e também como uma brisa suave
beijando nossa face...
Parabéns,é belo D+!Abraços fraternos!
Para o texto: SENHORA FELICIDADE (Primeira parte)
(T3861347)
(Rosa D’Saron)
SENHORA FELICIDADE
Primeira parte
Ao findar o dia de trabalho olhei para trás ao sair pra ver se o serviço havia rendido. Nesse dia eu trabalhava sozinho. A capoeira faltava pouca pra terminar de roçar e eu poder voltar mais cedo para o nosso rancho. Aquele dia trabalhei bastante. Levei o almoço. Meu intervalo pra boia foi de aproximadamente vinte minutos. Não queria voltar no dia seguinte. Eu era muito jovem e com muita disposição. Levantava de madrugada. Enquanto tomava chimarrão compunha alguns versos que a maioria deles se perderam. Naquele dia fiz um pequeno poema que dei o título de “A busca da felicidade”. O início dizia assim: A felicidade está em nós, e não a vemos... “. Essa frase ficou martelando na minha mente nesse dia. Dinheiro eu não tinha. Carro também não. Passei o dia pensando enquanto roçava. Ao findar meu roçado gritei bem alto que fez eco nas coxilhas: Onde está felicidade! Vem felicidade...
Retornava para o rancho sentindo fraqueza de tanta fome e cansado. No caminho havia um olho d’água. Ao lado, algumas pedras. Sobre as mesmas estava uma mulher, uma senhora aparentando oitenta a noventa anos. Um lenço rosa claro na cabeça e uma roupa branca resplandecente. A posição que estava: ajoelhada, mas com as pernas dobradas e sentada sobre os calcanhares. Nem os pés davam pra ver porque estavam cobertos. Olhou pra mim e deu um sorriso, o mais bonito que vi até hoje. Começou a falar comigo sobre o olho d’água. Disse que lamentava a estupidez do ser humano em não preservar a natureza. Aquela mina continuava cristalina porque o homem não encontrou o jeito de destruí-la. E ela prosseguiu:
- Ouvi você gritar felicidade. Tua voz ecoou nessas coxilhas e foi ouvida pelos anjos. O que você fala não é nada em vão. Meu filho, você sabe o que é felicidade?
Nesse momento a velhinha fez como se fosse me abraçar. As compridas mangas da sua roupa eram largas. Ao estender os braços pareciam duas asas refulgentes. Limitei a prestar atenção. Não tive coragem de perguntar nada. Fiquei em silêncio observando. Ela continuou:
- Meu filho, a felicidade está dentro de você. Só o fato de querer, já está instalada em você...
(...)
Continua
Interação de Rosa D'Saron. Obrigado, poetisa.
Bom dia amigo Christiano!Entrei,me sentei,me transportei ao campo,para ver e sentir a beleza do seu conto...
SENTINDO A FELICIDADE
"Senhora Felicidade"
,é o que sentimos sem tocar,
que tocamos sem ver,
mas que preenche todo nosso ser
quando temos com quem a compartilhar!
As vezes ela vem em forma de palavras,
outra em forma de afagos
e também como uma brisa suave
beijando nossa face...
Parabéns,é belo D+!Abraços fraternos!
Para o texto: SENHORA FELICIDADE (Primeira parte)
(T3861347)
(Rosa D’Saron)