Asneiras em Família - Parte 1

Pai, essa o senhor me perdoa, mais vou ter que contar.

Isso aconteceu a um bom tempo atrás, mas toda vez que eu lembro vem um sorriso no rosto, como uma sobra da gargalhada daquele dia. 

Naquela época eu era estudante, estava cursando engenharia aqui em Uberlândia, e quase todo o final semana eu ia pra Bálsamo no interior de São Paulo, minha cidade natal onde moram meus pais.

Era um domingo a noite e meus pais me levaram para São José do Rio Preto onde eu ia pegar o ônibus pra Uberlândia. Quando chegamos na rodoviária, meu pai não encontrou um lugar pra estacionar, estava lotado demais, até os lugares reservados para as paradas rápidas estavam todos ocupados, então meu pai decidiu parar num local proibido pra gente poder descer rapidinho e ir agilizando as coisas, já que faltava pouco tempo pro embarque, enquanto ele, depois, ia procurar outro lugar. 

Ele desceu pra abrir o porta mala já meio cismado, sabia que estava errado, quando de repente ouviu um sinal sonoro que vinha de uma caixa instalada num poste. Meu pai ficou doido:

- Merda! Me pegou... Que porcaria... Eu sabia...

E falava cada vez mais alto:

- Que cacete... Bando de filhos da p...  Me pegou...

Não contente, chegou perto de uns taxistas que estavam por ali e continuou:

- Vocês viram que coisa! Me pegou... Que merda...

Os taxistas, com cara de assustados, olhavam pra ele sem entender nada.

Perguntei porque ele estava nervoso e ele quase gritando:

- Esse negócio aí "ó", me multou!

Aí, um dos taxista entendeu e falou:

- Oh senhor, isso não é radar não, é um sinal sonoro do semáforo que foi colocado para as pessoas cegas.

Rapaz, lembro da cara do meu pai que ele não sabia onde enfiar.

Não agüentei, ri demais. Os taxistas também não seguraram.

Tem mais asneiras da família, mas vou deixar pra um outro texto.

GELComposicoes
Enviado por GELComposicoes em 25/08/2012
Reeditado em 02/09/2012
Código do texto: T3848006
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