A FORÇA DE UM SORRISO

A FORÇA DE UM SORRISO

A Débora acabara de separar-se do marido. Praticamente ele tinha abandonado a casa, a família, os costumes. Saíra quando ela não estava em casa. Quando ela chegou ao pequeno quarto e sala alugado, ela só encontrou a Gioconda, a coelhinha branca de sua filha a Marília Gabriela.

Foram tempos difíceis, não só para ela, como para a menina de apenas três anos e meio. Adaptar-se era o que elas tinham a fazer. A Débora arranjou logo emprego, e uma creche para a Dinorah.

A menina sentia muito a falta do pai, e reclamava bastante. A mãe que ficara muito magoada, coma surpresa do fato, preferia não pensar no ex. No primeiro dia que ficaria em tempo integral na creche, parece que pressentia a ausência da mãe, e tentava agarrar-se a ela, com um fio de esperança, que ela não a deixasse ali, no meio de tanta gente estranha e muitas crianças barulhentas. Despediu-se da mãe com um beijo tímido, e os olhos cheios de lágrimas. No momento seguinte, encontrou um par de olhos tão carinhosos, dentro de um rosto moreno, jovem e muito sorridente, que a convidavam sem pronunciar palavras, para compartilhar de muitas aventuras. Ela abriu-se para aquele sorriso tão gentil e deixou-se levar para a pequena salinha que repartia com alguns amiguinhos.

Muitos meses depois, Marília Gabriela, completava quatro anos. Estava mais segura, nem parecia àquela pobre menina tímida que ameaçara chorar no primeiro dia na creche. O sorriso meigo e acolhedor da Tia Tereza foi como o convite de um anjo para a menina penetrar o paraíso.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 05/08/2012
Código do texto: T3815671
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