conto Maria Rosa capitulo 04

Capitulo 04

ele que é o dono da fazenda só quinze por cento seu André.

__É que nas primeiras safras nós vamos ter outras despesas, como fazer uma abertura de uma cooperativa, registrar em cartório, e tudo isso custa dinheiro.

Vamos ter que pagar para um doutor nós enscinar, como fazer essa tal coisa, e depois da terceira safra já estaríamos mais sossegado, e assim poderíamos lhe pagar mais, e como ele sempre foi um bom patrão, nois então compensaríamos com dês por cento a mais.

E essa diferença nois tiraria com um consorcio de planta que onde plantarmos o milho de a meia, dá para tirar abóbora para nois, sem parceria com o fazendeiro. Para vender ou tratar dos nossos porcos e galinhas, no meio do café, dá para plantar feijão, na cerca plantaremos chuchu e feijão de vagem, ou orelha de frade.

Já os animais nós não daremos nada para o dono da fazenda. Porque essa atividade será feita em nossos quitar. Esses papos todos aprovaram só o coitado do Jonm ficou de fora, ele tinha em volta de sua casa umas plantações, mas ele não era lavrador, ele só entendia de carrear e domar boi, para isso ele era o bom. Mas quando os amigos tomaram ciência dos fatos lhe falaram.

Nada disso meu amigo Jonm, disse - lhe: __ O senhor André, neste grupo o senhor pode escolher, tanto o senhor pode trabalhar conosco, como um membro da nossa cooperativa ou então nós lhe pagaremos por seus serviços prestados a nois. O senhor pensa e depois, nós dá essa resposta.

Lá na casa do seu Zé Manuel, ele e a mulher estavam de olho nos homens, que não estavam jogando como de costumes, mas reunido e cada um, se levantava e falava, e depois eles aplaudiam ou balançavam a cabeça em desaprovação.

E por duas vezes ele quis ir até lá para saber do assunto, mas sua mulher dona Adelaide não o deixou, porque ela temia que os homens pudessem estar bravos, e ela temia pela vida do seu marido.

Nesse momento todos eles se levantaram e começaram a vir em direção da casa do então fazendeiro. Sua mulher desesperada queria que o marido se escondesse, pois sabemem lá, o que aqueles homens rudes, quase todos analfabeto, poderia querer falar com seu marido, daquele grupo que sabia ler ou tinha um entendimento escolar era só o senhor Carlos Martins que tinha sido mecânico até aposentar e depois tinha vindo morar na fazenda, e o senhor André Garcia, como era chamado. __ Mas seu nome mesmo era André Garcia, que na cidade, tinha sido gerente de um mercado, e quando ficou desempregado e com idade avançada e sem condições de arrumar outro serviço, ele também tinha vindo para o campo.

Os demais todos analfabetos, como eles mesmos, diziam analfabetos de pai e mãe.

O então fazendeiro respondeu para sua mulher dizendo: __Nada disso minha querida, eu sempre fui um bom patrão para eles, porque eu ia me esconder agora. Ta certo que só acertei com o Jonm Carreiro, mas eu falei que assim que eu negociar tudo o que eu tenho plantado, eu vou acertar com todos eles.

E até que isso os aconteça, podem continuar morando onde estão, e trabalhar para quem possa lhe pagar. Eu daqui não saio, e estou curioso para saber tudo o que eles discutiram lá, mas eu estou até doente para saber de todinho mulher. __Você é louco mesmo esperando esses ignorantes aqui, com as portas abertas.

Nesse bate papo do casal de fazendeiro, os homens chegaram e o seu André falou que queria conversar com o fazendeiro. Seu Zé Manuel então disse.

__Minha sala é um pouco pequena, para todos vocês, mas se não se incomodarem, nois nós reuniremos ai no meu terreiro.

Claro que não nos incomodaremos seu Zé, pode ser aqui mesmo, e acho que nois não vamos demorar muito.

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 06/07/2012
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