O zombeteiro.
Sô Dazinho era um morador de um vilarejo no interior de Minas Gerais. Um Senhor honesto e muito sistemático, conhecido por sua pertinente franqueza. Também no vilarejo morava Zé do Marão, um rapaz sem compostura, atrevido e quase sempre com brincadeiras desagradáveis, tornando-se um verdadeiro zombeteiro do vilarejo. De repente os dois extremos se chocam. Sô Dazinho sério e de poucas palavras, ao contrário Zé do Marão um falante chato, cheio de piadinhas desagradáveis e clichês preconceituosos. Sô Dazinho preparando seu cigarrinho de fumo de rolo, aproxima dele o Zé do Marão cheio de gírias e gracinhas nada convencionais ao sisudo Sô Dazinho.
Zé—Olá veio! Deixa- me ver esse fuminho aí! Sô Dazinho fingindo calma dá-lhe o pedaço de fumo. Zé fazendo ares de maroto, cheira o fumo e:- Ô veio me empresta seu canivete! Sô Dazinho só manjando o folgado empresta-lhe o canivete. Zé corta uma boa picada de fumo e:-Ô veio, me dá uma palha! Sô Dazinho controla os nervos e dá-lhe à palha. Zé enrola o fumo na palha e quedê fogo para acender o cigarro, Zé não caia a ficha de um ditado do lugar”Quem tem seus vícios, carrega seus artifícios”. O Zé com à cara de pau de sempre:- Ô veio me empresta o fogo! Foi-lhe emprestado o isqueiro e quando o Zé vai começar as baforadas Sô Dazinho manifesta sua raiva com ironia: - Ocê nun quê tamen os beiços emprestado? Zé do Marão na maior cara de pau com ares de zombeteiro, saiu com essa:- Ô veio um fuminho ruim igual esse a gente fumo é com o fiofó, você me empresta seu fiofó? Sô Dazinho perdeu às estribeiras arrancou um facão e se o Zé do Marão não fosse esperto ia tomar uma no pescoço e ficaria sem a cabeça.