Quando Gilberto Freyre plagiou Batkin
O escritor russo, Fiódor Dostoievsky, sabia muito bem que seu país se encontrava a beira de um processo revolucionário quando escreveu “Os Pocessos”, no final do Século XIX. Tanto assim, queridinhos, que o principal herói d“Os Pocessos”, Nicolau, personifica no romance ninguém menos do que o futuro líder e governante revolucionário Lênin; assim como seu fiel camarada no romance – Pedro : Trotsky; para não mencionar a visualização cadencial de Karl Marx no pai de Pedro, o historiador Estevan Tropimovich.
O filósofo - sociólogo – professor da Pontífica Universitá Católica - articulista de jornal : caboclo enfim de muitas letras – Luiz Datena Fernando Pondé, sorria-se melífleurynamente teclando as palavras do período acima antes de enviá-las ao jornal Folha da Manhã de São Paulo, órgão em que escrevia semanalmente opúsculos pondo abaixo os inúteis sonhos e crenças de seus alunos, inimigos e amantes gls esquerdistas. Apenas se perguntava, porém, se não deveria traduzir o título do romance dostoievskiviano para Os Demônios ao invés de Os Pocessos. Estou tendo laivos insanos de politicamente corrreto, delirou, ele, sempre tão corretamente politicamente incorreto. Até q decidindo por Os Demônios, agiu ele como seus colegas a distância no jornal : Ferreira (An)Gullar e o português Coitinho, incumbidos pela direção da casa do combate sem tréguas ou réguas ao socialismo culpado e inocente do Brasil.
Ao q dardejou :
“Nicolau Vsevolodovich Stavogrine, o principal herói d’Os Demônios - fez certa vez uma criança ser açoitada ao inculpar-lhe perversamente o furto de um canivete que pertencia a ele –Nicolau” - em seu estilo rebuscado, celeremente,
já que estava para voar à Europa, desta vez à Islândia.
Não.
Pondé não era um pássaro, um avião ... nem ainda um corvo, abutre ou urubu.
Mas, como inscreveu : Stavogrine, nas pegadas de Ivã Ilich Ulianov, que todos bolcheviques revolucionários tabajaras sabem ser o nome verdadeiro de Lênine (não confundam com o cantor,há,há,há), pois bem, Nicolau, confessa a barbaridade com a criança - uma pobre menina órfã – a um pope - aqueles padres ridículos da Igreja Católica Ortodoxa ainda dominante na Rússia restabelecida (o estado soviético acabou, queridinhos), no capítulo final dos Pocessos. Assim o gênio dostoievskiano antecipava a sanha facínora gulaguiana do santificado herói revolucionário. Tomaram?
Pondé terminou. E pegou seu avião (vai meu irmão( contorcendo-se de alegria.
Passados alguns dias - ele já estava de volta ao Brasil para ministrar cursos de Artes Plásticas, Cinema e Conservadorismo Plástico e Platônico, no Museu da Imagem e do Som – MIS, ao custo módico de R$ 150,00 por cabeça (vazia).
Vocês não sabem o que perderam. Eu sei. Porque não fui bobo de ir lá. Muito menos na apresentação posterior : Foucaut era uma bicha (sic).
Entretanto e muito - Pelo que se ouve falar em certas rodas paulistanas, Pondé vem cada vez mais identificando na esquerda brasileira os pocessos, ou melhor, os demônios, de Dostoievsky.
A genialidade da tese - que provavelmente modificará a história do país, além de tirar Nietsckhe do túmulo - vem encantando seus auditórios cada vez mais tomados por acólitos da Opus Dei e da Tradição Família e Propriedade – a fatal TFP, havendo-se ainda vislumbrado lá simpatizantes ilustres como os jornalistas Elio Gaspari, Boris Kazoy, o governador Alkmin - e toda a bancada neo-integralista de la revista Vieja,mui viejita.
Mas quando Gilberto Freyre plagiou Baktintin ?
Perguntou Reinaldo Azedo (editor de la revista Vieja mui viejita) a Pondé pelo celular.
Não perca meu próximo artigo, redarguiu-lho-ele.