O Filho de Deus:
- E aí Cumpadre Zê?!
- E aí Cumpadre Tonho?!
- Verdade, Zé, que ocê tá cum mania de deixá tudo pra Deus?
- Verdade. Pro´cê vê. Lembra do meu jumento, o Janudirno?
-Demais dá conta!
- Pois é. O Janurdino tava cum uma dor de barriga que num passava nunca. Fiz de tudo que é possível. Cansado de tanto tentá, intreguei pra Deus e o danado ficô bom que nem novo.
- Que coisa! Tô dmirado.
- Nun parô aí. Tava cum umas praga nas lavoura que nada matava. Era uma bicharada de todo tipo. Gastei o que num tinha e nada de milhorá. Foi intregá pra Deus e as praga sumiram que nem mágica!
- Vixê!
- E o mió foi com a minha muié.
- Hum...
- Cê num há de vê ela num ingravidava de modo algum?
- Huuum...
- Tentamo de tudo. Tudo mesmo e intão tive que viajá uns meis. Quando voltei num é que tava pançudinha,
- Huuuuuuuuá...
- E o mió é que o nenê chegou. Cê pricisa vê que belezura de fio de Deus que ele é.
- Já vi Cumpadre, já vi... Só não sabia que Deus era japonêis!