O CASO DO FIAT 147 FANTASMA (verídico)
O CASO DO FIAT 147 FANTASMA (verídico)
Em 1981, começei a namorar a minha espôsa, e foi onde conheci o Aristeu, ele era irmão dela, meu cunhado. Naquela época jogavamos futebol todo final de semana e ele tinha um Fiat 147 branquinho branquinho, um xuxú. Todo sábado á noite, saíamos para passear com o tal 147, e era uma diversão só, pois quando não quebrava, tinhamos que empurrar o dito cujo. Em frente a casa do Aristeu, tinha um padeiro, Sr. João, que tinha um ''variant'' modelo ''tl'' também branquinha branquinha, um xuxú. Certo sábado á noite, escutamos por volta das vinte e uma horas, alguém batendo na casa do Aristeu. Minha sogra foi atender, viu que tratava-se do Sr. João, o padeiro, que perguntou á ela se o 147 da porta era o do Aristeu. Minha sogra me chamou e chamou também minha espôsa para verificarmos e confirmamos que sim. Então o Sr. João entra em desepero e diz, roubaram a minha ''variant'' que estava para atraz do 147, chamem a polícia. Imediatamente, a tia Cotinha, liga para o 190 e aciona a PM. Depois de 20 minutos, a viatura chega e começa o procedimento policial para tentar encontrar a ''variant''. Passaram um rádio para a central da polícia informando as carcterísticas da ''variant'', a placa, cor, ano etc. Lá pelas vinte e tres horas, chega a notícia que acharam o carro estacionado na Av. nove de Julho em Ribeirão Preto, uma avenida que naquela época era muito frequentada por jovens e por isto a polícia não teve dúvidas em procurar por lá, e por sorte acabaram encontrando o carro do Sr. João. Tudo resolvido, o Sr. João aliviado, carro novamente com ele, fomos nós dormir. De repente, por volta de uma da manhã, toca o telefone á cobrar, meu sogro atende e quem era? Aristeu, apavorado, dizendo que foi com uns amigos até um boteco e ao sair, não achava o carro, o 147 havia sido roubado. Falei, meu deus, que noite, mas, mas, mas, corri até o portão e lá estava o 147 do Aristeu, estacionado no mesmo local que estava desde a hora em que o Sr. João havia batido no portão por causa da ''variant''. Peguei o telefone e falei com o Aristeu, e disse á ele que o carro estava em frente a sua casa e ele disse que era ímpossível, pois ele havia ido de carro para o boteco. Peguei o meu carro e fui buscar ele, e eu fiquei achando que ele estava bêbado demais, pois jurava que tinha ido com o 147. Fomos dormir por volta dás tres e meia da manhã. Daí poucas horas, olha lá o Sr. joão com um pão quentinho no portão, sete da manhã, em agradecimento por termos chamado a polícia. Perguntei da ''variant'' e ele disse que tudo estava bem, o carro estava inteiro, apenas não entendeu porque havia no banco do passageiro um porta retrato com a foto da minha sogra, que ele também devolveu, foi quando aparece o Aristeu e disse, putz, peguei o carro errado, o duro é que a chave do 147 serviu na ''variant''.