O FEIO
Êta sujeito feio, muito feio
tão feio que não se admira
que tivesse por recheio
o apelido de mentira.
Não... não era mentiroso,
mas o povo e sua criatividade
dizia com deboche e jocoso:
feio demais pra ser verdade.
Porém, o que tinha de feio
tinha mais de bondade.
E isso era o permeio,
em meio àquela maldade.
Com o tempo acelerando
e sem arrumar um namôro,
ele foi se desesperando
as vezes se pegava no choro.
Num fim de semana viajou
até uma cidade vizinha.
Andou por lá, muito andou
sem conseguir uma piscadinha.
Bebeu, bebeu, até ficar
sem rumo e sem razão.
Sentou-se na praça a chorar
na maior depressão.
Já estava amanhecendo,
o povo pra missa chegando,
foi quando uma senhora lhe vendo
aproximou-se perguntando:
O que aconteceu, meu senhor?
Está passando mal?
Sentindo alguma dor?
Quer ir ao hospital?
Ele, olhando a boa senhora
que lhe estendia a mão
disse: Não, o que quero agora
é estar dentro de um caixão...
Mas porque, tão jovem, tão forte...
Pra que essa depressão?
Pra que preferir a morte?
Vem cá, me dê a sua mão.
Porque se desesperar?
A vida é um belo presente.
Vem cá, pare de chorar,
Me diga logo o que sente.
Ah, dona, pra mim não tem jeito.
Sou feio demais, olha só.
Nem mesmo Deus que é perfeito
consegue desatar esse nó.
Meu filho, ânimo, coragem,
Mas feio que você sei que há.
Pare com essa bobagem,
pois lhe digo que lá em Sabará
dizem que tem um sujeito
mas feio que assombração...
Este, dizem, não tem jeito.
É um tal de Paulo Caveirão.
Tá vendo, dona, que tristeza
saber desta situação....
Eu lhe agradeço a gentileza
a bondade do seu coração.
Mas saiba bondosa senhora
que a pessoa em questão,
está na sua frente, agora:
eu sou o Paulo Caveirão.
Êta sujeito feio, muito feio
tão feio que não se admira
que tivesse por recheio
o apelido de mentira.
Não... não era mentiroso,
mas o povo e sua criatividade
dizia com deboche e jocoso:
feio demais pra ser verdade.
Porém, o que tinha de feio
tinha mais de bondade.
E isso era o permeio,
em meio àquela maldade.
Com o tempo acelerando
e sem arrumar um namôro,
ele foi se desesperando
as vezes se pegava no choro.
Num fim de semana viajou
até uma cidade vizinha.
Andou por lá, muito andou
sem conseguir uma piscadinha.
Bebeu, bebeu, até ficar
sem rumo e sem razão.
Sentou-se na praça a chorar
na maior depressão.
Já estava amanhecendo,
o povo pra missa chegando,
foi quando uma senhora lhe vendo
aproximou-se perguntando:
O que aconteceu, meu senhor?
Está passando mal?
Sentindo alguma dor?
Quer ir ao hospital?
Ele, olhando a boa senhora
que lhe estendia a mão
disse: Não, o que quero agora
é estar dentro de um caixão...
Mas porque, tão jovem, tão forte...
Pra que essa depressão?
Pra que preferir a morte?
Vem cá, me dê a sua mão.
Porque se desesperar?
A vida é um belo presente.
Vem cá, pare de chorar,
Me diga logo o que sente.
Ah, dona, pra mim não tem jeito.
Sou feio demais, olha só.
Nem mesmo Deus que é perfeito
consegue desatar esse nó.
Meu filho, ânimo, coragem,
Mas feio que você sei que há.
Pare com essa bobagem,
pois lhe digo que lá em Sabará
dizem que tem um sujeito
mas feio que assombração...
Este, dizem, não tem jeito.
É um tal de Paulo Caveirão.
Tá vendo, dona, que tristeza
saber desta situação....
Eu lhe agradeço a gentileza
a bondade do seu coração.
Mas saiba bondosa senhora
que a pessoa em questão,
está na sua frente, agora:
eu sou o Paulo Caveirão.