O DESEJO DE UMA VIUVA
Dona Miudinha era uma mulher com menos de cinqüenta anos, bela elegante, aparentava ter menos que trinta. Peles morenas, cabelos negros, olhos redondos e puxadinhos equiparando-se a uma bela índia. Não teve filhos, devido à esterilidade do marido.
Seu nome era Raimunda a princípio chamaram-na de Raimundinha, depois Mundinha, mais tarde no linguajar do irmãozinho que aprendia conversar passou definitivamente para Miudinha. Herdou do pai uma grande extensão de terra, o marido era pobre, mas muito trabalhador fator que contribuiu para que o casal se prosperasse financeiramente, se tornando num casal respeitado na sociedade à que pertenciam. Mas o destino lhe pregou uma peça, o marido faleceu vitimado por uma descarga elétrica num temporal que abateu certo dia, deixando Miudinha a ver navios, exatamente na fase mais agressiva de sua aptidão sexual, quando seu desejo era pleno e ativo.
Viúva com esta energia toda ela comia com os olhos seu empregado, o belo Dezinho filho do agregado mais antigo da fazenda. Porem ficava apenas nos olhares fantasias e sonhos da viuvinha fogosa que estava subindo pelas paredes, tamanho era seu apetite sexual. Ela tentava de todas as formas, manter o garotão por perto, o colocando nos afazeres dos derredores da sede só para degustá-lo imaginariamente. Sempre que tinha oportunidade dava pequenas encostadinhas no seu corpo. Mas ele jamais tomara suas insinuações como cantadas; indiferente a respeitava como a boa patroa, que ela sempre foi.
Certa tarde, no pomar, enquanto ambos colhiam as frutas, ele muito tímido argumentou: - Patroa eu sempre tive respeito pela senhora, mas tem uma coisa que está judiando comigo-, é um desejo maluco que sinto! – E que coisa e desejo sãos estes Dezinho? Diga meu querido! –Ah patroa é melhor não a senhora pode me achar abusado por demais depois, a memória do patrão é tão importante para senhora, se eu disser é capaz de eu ser até dispensado do emprego, eu amo a senhora tanto, quanto a esta fazenda, foi aqui que eu nasci não quero jamais me mudar por causa de uma fantasia que não passa de um sonho que não esta ao meu alcance. Miudinha estava quase agarrando o garotão, imaginado que seus pequenos assédios enfim surtiram efeito.
– Primeiro vamos deixar esta senhora de lado, segundo seja qual for teu sonho, quem sabe está muito mais fácil do que você imagina!- Ah patroa melhor deixar como está o que eu estou desejando é muita areia para meu caminhão e a senhora vai ficar uma fera se eu disser! –já disse pra não me chamar de senhora-, vamos logo diga estou ansiosa quero realizar seu desejo! –Tudo bem, mas se ficar ofendida não diga que não avisei! - Que ofendida que nada! Vamos diga logo já está subindo um calor imenso no meu corpo!—Será que a senhora, aliás, você permitiria que eu participasse da próxima cavalgada no aniversário da cidade montando o cavalo, puro sangue do falecido patrão? Pronto falei-, se ficar brava o culpado não sou, eu, você insistiu para que eu dissesse!