Ilka não era supersticiosa, não, de jeito nenhum, mas quando acordou a primeira coisa de que se lembrou foi de que estava em uma sexta feira 13 de Abril, dia de contrapés.
Bobagem, pensou, mas quando tentou acender a luz viu que estava sem energia.
Tomou um banho frio que detestava e, pior do que isso, os elevadores não funcionando, teve que descer oito lances de escada.
Atrasada, quando viu que seu ônibus vinha vindo, tentou atravessar a rua correndo, mas escorregou, esparramou-se no chão e por pouco não foi atropelada por um carro que passava.
Aturdida, levantou procurando recompor-se quando alguém se aproximou e gentilmente perguntou se tinha se machucado e a ajudou a recolher seus pertences
espalhados pelo chão.
Apesar do constrangimento pode observar que ele era um belo rapaz.
Recriminou-se:
—Não delire Ilka! Essas coisas só acontecem nos folhetins...
Mas não pode deixar de pensar que, afinal, conhecê-lo foi uma coisa boa para atenuar o seu azar de sexta feira, 13.
Chegou atrasada, desculpou-se com o Chefe que resmungou qualquer coisa, mas logicamente teria pensado:
—Por que não levantou mais cedo? Todo mundo sabe que o trânsito é imprevisível.
Trabalhou o dia todo muito desconfortável. A batida na cabeça levantara um galo que agora doía muito e os colegas perguntavam o que tinha acontecido não a deixando esquecer o incidente.
Como as pessoas não têm tato!
A única coisa que a distraia era a lembrança do garotão que a impressionara embora soubesse que era bobagem. que provavelmente nunca mais o veria.
A tarde tomou o ônibus de volta e, novo contratempo, quando foi pagar não encontrou sua carteira.
Foi obrigada a descer no primeiro ponto depois de ouvir as ofensas do cobrador e servir de chacota para os passageiros.
Voltando a pé para casa lembrou-se de que o rapaz que a socorrera tinha pegado a sua bolsa que abrira no tombo. Não tinha duvida, ele roubara sua carteira com o dinheiro e todos os seus documentos.
Que decepção! Um moço tão bonito. Não se pode mesmo confiar em ninguém!
Que mais ainda iria acontecer naquela fatídica sexta feira 13?
Mas a noitinha quando já descansada do dia atribulado, mas ainda pesarosa pela decepção com o moço bonito, o telefone tocou:
— Aqui é o Jaime. Nos conhecemos hoje de manhã. Sua carteira ficou caída no chão, eu peguei e gostaria de entregar-lhe. Posso levar no endereço que está no seu cartão?
Fez um luxinho:
—Mas é muito incomodo para você...
—De jeito nenhum. Será um prazer.
Quanta gentileza!
Ilka arrependida pelo mau juízo que fizera do rapaz voltou a imaginar um romance começado com um tombo na rua. Parece que já lera qualquer coisa semelhante.
Pouco depois ela, toda embonecada o recebia na porta de casa e convidava para entrar, tomar ao menos um cafezinho, mas ele recusou:
—Estou com pressa. Minha esposa me espera no carro.
—Oh!
Mas o que é que ela queria? Nada de bom podia acontecer numa sexta feira 13, apesar de ela não acreditar nessas coisas.
Bobagem, pensou, mas quando tentou acender a luz viu que estava sem energia.
Tomou um banho frio que detestava e, pior do que isso, os elevadores não funcionando, teve que descer oito lances de escada.
Atrasada, quando viu que seu ônibus vinha vindo, tentou atravessar a rua correndo, mas escorregou, esparramou-se no chão e por pouco não foi atropelada por um carro que passava.
Aturdida, levantou procurando recompor-se quando alguém se aproximou e gentilmente perguntou se tinha se machucado e a ajudou a recolher seus pertences
espalhados pelo chão.
Apesar do constrangimento pode observar que ele era um belo rapaz.
Recriminou-se:
—Não delire Ilka! Essas coisas só acontecem nos folhetins...
Mas não pode deixar de pensar que, afinal, conhecê-lo foi uma coisa boa para atenuar o seu azar de sexta feira, 13.
Chegou atrasada, desculpou-se com o Chefe que resmungou qualquer coisa, mas logicamente teria pensado:
—Por que não levantou mais cedo? Todo mundo sabe que o trânsito é imprevisível.
Trabalhou o dia todo muito desconfortável. A batida na cabeça levantara um galo que agora doía muito e os colegas perguntavam o que tinha acontecido não a deixando esquecer o incidente.
Como as pessoas não têm tato!
A única coisa que a distraia era a lembrança do garotão que a impressionara embora soubesse que era bobagem. que provavelmente nunca mais o veria.
A tarde tomou o ônibus de volta e, novo contratempo, quando foi pagar não encontrou sua carteira.
Foi obrigada a descer no primeiro ponto depois de ouvir as ofensas do cobrador e servir de chacota para os passageiros.
Voltando a pé para casa lembrou-se de que o rapaz que a socorrera tinha pegado a sua bolsa que abrira no tombo. Não tinha duvida, ele roubara sua carteira com o dinheiro e todos os seus documentos.
Que decepção! Um moço tão bonito. Não se pode mesmo confiar em ninguém!
Que mais ainda iria acontecer naquela fatídica sexta feira 13?
Mas a noitinha quando já descansada do dia atribulado, mas ainda pesarosa pela decepção com o moço bonito, o telefone tocou:
— Aqui é o Jaime. Nos conhecemos hoje de manhã. Sua carteira ficou caída no chão, eu peguei e gostaria de entregar-lhe. Posso levar no endereço que está no seu cartão?
Fez um luxinho:
—Mas é muito incomodo para você...
—De jeito nenhum. Será um prazer.
Quanta gentileza!
Ilka arrependida pelo mau juízo que fizera do rapaz voltou a imaginar um romance começado com um tombo na rua. Parece que já lera qualquer coisa semelhante.
Pouco depois ela, toda embonecada o recebia na porta de casa e convidava para entrar, tomar ao menos um cafezinho, mas ele recusou:
—Estou com pressa. Minha esposa me espera no carro.
—Oh!
Mas o que é que ela queria? Nada de bom podia acontecer numa sexta feira 13, apesar de ela não acreditar nessas coisas.
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Este texto faz parte do Exercício Criativo "NO CONTRAPÉ"
Conheça o trabalho dos demais escritores
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Obrigada pela visita e comentário
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