Ditinho e o lápis da mamãe

Ditinho olhava fixamente sua mãe escrever uma carta. Curioso como ele, não se conteve perguntou...

“Mãe, a senhora por acaso está escrevendo uma história que aconteceu comigo”.

Durvalina parou de escrever, olhou, e deu um sorriso carinhoso e comentou...

“Sim filho estou escrevendo sobre você, porém mais importante do que as palavras que escrevo, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, na sua vida”.

Ditinho olhou para o lápis, encafifado, e não viu o porquê, e falou...

“Como um lápis mãe, lápis é lápis, todo lápis é igual!”.

“Depende do modo como você o olha. Eu vejo cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo”.

“A primeira qualidade é que você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer, nunca, que existe uma mão, e ela que guia seus passos. Está mão chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-la em direção à Sua vontade”.

“A segunda qualidade é que de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor”.

“A terceira qualidade é que o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.

“A quarta qualidade é que o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.

“E finalmente, a quinta e última qualidade do lápis é que ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixara traços, portanto, seja consciente de cada ação”.

Ditinho ficou impressionado com as palavras que saíram sem parar do fundo do coração de dona Durvalina, de alguma forma ele sabia que aquilo tinha a ver com ele, só não conseguia entender aonde se encaixaria e após segundos encafifado falou...

“Puxa mãe, eu vou querer ser como um lápis e espero que a senhora seja sempre o meu apontador”.

Marcos Pestana
Enviado por Marcos Pestana em 22/04/2012
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