SEXTA FEIRA TREZE ( O MITO )

A primeira coisa que fiz hoje ao acordar e me levantar 
foi pisar no chão com o pé esquerdo, e quando ia saindo do quarto, 
ao passar pelo pequeno corredor que dá acesso a sala de minha casa, 
me deparei com uma escada de abrir bem na saída desse corredor, 
aí me lembrei que ontem a noite minha esposa havia me pedido 
para trocar a lâmpada que fica ali naquele local da casa, 
e que eu me esquecera de fechar e de guardar a bendita escada, 
como estava com muita vontade de ir ao banheiro, passei debaixo da escada.
Saindo do banheiro, quando voltei pro quarto para trocar de roupa, 
o gato preto de minha mulher passou na minha frente e cruzou o meu caminho, 
e como eu estava com muita pressa por estar atrasado para o trabalho, 
passei novamente debaixo da escada, fui para o guarda roupa e peguei 
uma camisa, calça, cueca, o cinto, um par de meias e meu par de sapatos, 
tudo da cor preta, e me vesti apressadamente para ir ao trabalho.
Antes de sair de casa, fechei e guardei a escada, 
( pra evitar  x#x#x  quem é homem sabe do que estou falando ).
Pronto, agora eu já podia sair, e foi isso que fiz.
Ao chegar na empresa onde trabalhava, percebi que na verdade 
eu não estava atrasado, pois me lembrei que minha mulher havia aproveitado 
que a escada estava aberta lá no corredor, e com sua mania de limpeza, 
subiu na escada para limpar o relógio de parede que nós utilizamos 
para olhar as horas todos os dias pela manhã ao nos levantarmos, 
aí então pensei. Aquela abençoada, alterou os ponteiros do relógio 
quando passou a flanela neles para limpá-los.
Comecei a rir ali mesmo, sozinho, bem em frente ao portão da empresa, 
enquanto observava o relógio de ponto, que marcava 6:00 da amnhã, 
sendo que eu só iria começar a trabalhar as 8:00.
Bem, o jeito foi ficar por ali, aproveitando a companhia 
e o papo do Jorge ( PORTEIRO ) lá da empresa.
Mas aí chegou o patrão, me deu Bom dia e foi logo falando.
Adão Silva, mas você é um cara de sorte. Eu prometi para mim mesmo, 
que hoje darei um presente para o primeiro funcionário (a) 
que chegasse para trabalhar. Vou dar para essa pessoa um dia de rei, 
primeiro darei o dia de folga, depois, uma viagem com tudo pago 
para uma cidadezinha que eu costumo visitar, aqui pertinho, 
e pouco tempo de viagem, essa pessoas ficará hospedada 
no melhor hotel de lá, vai almoçar com mais 12 empresários amigos meus, 
que moram no local, depois vai assistir com eles a uma peça 
no melhor teatro da região, e no final da tarde, no mesmo horário 
em que encerramos o expediente aqui na empresa, um motorista particular 
será disponibilizado para levar este funcionário (a), para casa de limusine.
Você Adão Silva, foi o contemplado, pois ao chegar aqui,
e olha que eu fiz questão de chegar 2 horas antes de iniciarmos o turno,
e fiz isso para poder chegar antes de todos vocês funcionários,
e chegando aqui, quem eu encontro, você...
E aí, vai aceitar a oportunidade de ter o seu dia de Rei ?
Respondi logo que sim, pois não sou besta de recusar não é mesmo ?
Aí veio a surpresa. O patrão então me falou que, só tinha uma condição.
Eu teria que confiar nele, e teria que me sujeitar
a tudo o que me fosse determinado fazer naquele dia.
Mas ele tratou logo de me tranquilizar dizendo que
podia confiar nele, pois ele não iria me fazer nenhum mal.
Ao que respondi afirmativamente, pois eu realmente sabia
ser ele um homem bom e um ótimo patrão.
A partir daí, não sabia eu que, isso tudo não passava de um teste.
A cidade ficava a exatos treze quilômetros da empresa,
o quarto onde fiquei hospedado era o de número treze,
o almoço, foi com mais 12 pessoas, portanto eu era o 13º,
no teatro, meu lugar era no camarote, mas imaginem agora,
qual era o número da minha cadeira ? É claro que era treze,
e pasmem, pois no fim da tarde, chegou a limusine,
e não é que ela tinha exatos, treze metros de cumprimento.
Você agora deve estar se perguntando. Será que ele mediu o carro ?
Não, por não ter ali comigo uma fita métrica ou algo semelhante,
pois se o tivesse eu o teria feito, só para desencargo de consciência,
porque foi ali que a minha ficha foi cair...
Eu parei, pensei, pensei, e pensei de novo comigo mesmo.
Meu Deus, o que é que está acontecendo comigo ?
De manhã, me levantei com o pé esquerdo, passei debaixo da escada,
quase atropelei o gato preto da minha esposa, na saída do banheiro,
voltei pro quarto, mas não sem antes passar novamente 
embaixo daquela bendita escada, que por sinal, foi o motivo
do meu atraso, pois foi nela que minha mulher subiu,
e na tentativa de limpar o relógio, mexeu nos ponteiros do mesmo,
e agora aqui estou eu, entrando numa limusine de treze metros,
todo vestido de preto, literalmente, pois até minha cueca é preta,
e o mais curioso em tudo isso é que agora,
vou viajar por mais treze quilômetros de volta pra casa,
depois de um dia, que é uma sexta feira treze,
onde tudo o que me aconteceu, esteve relacionado ao número treze.
Nesse momento, meu celular tocou, era o patrão, 
me perguntando se eu havia gostado do meu dia de Rei,
e me informando que, se eu estivesse dentro da limusine
retornando para casa, havia então passado no teste.
Perguntei para ele o porque daquele teste, ao que me respondeu,
que isso tudo era para avaliar o nível de atenção,
e também o nível de superstição de uma pessoa, 
e ele me disse também que através daquele teste,
iria retirar algumas lições, que lhe serviriam
de exemplo pois ele mesmo, era uma pessoa muito superticiosa.
 
 
MORAL DA HISTÓRIA.
 
 
O que então faz a diferença? O que faz com que o número 13 
e a sexta-feira sejam positivos para alguns 
e negativos para outros, e ainda neutros para outros?
 
Mais uma vez é tudo uma questão de sintonia. 
Somos o que pensamos, transformamo-nos naquilo em que acreditamos, 
vivemos naquilo em que criamos para nós mesmos.
 
De que tamanho está o seu mito hoje ? 
E a cada sexta-feira 13 que aparece no calendário 
ele se torna um pouco maior, e mais forte ?
Não será você mais um supersticioso (a) 
que insiste em continuar repetindo mecanicamente 
todas as manias dos seus antepassados ?
 
A sexta-feira e o 13, juntos ou separados, na verdade, nada podem. 
Eles mesmos não têm poder algum. São inofensivos. 
O poder está em quem acredita que eles têm poder. 
O poder, para o bem ou para o mal, está em quem acredita
que eles podem criar, gerar ou fazer o bem ou o mal. 
 
 
Observação do Autor:  Esta história é fictícia, 
retirei ela da minha própria cabeça, hoje, 
mas foi uma pena eu ter demorado muito para escrevê-la,
pois quando fui postar... Passei um pouco do horário,
e perdi o tempo em que calculei para colocar ela aqui no site...
Eu queria postá-la exatamente hoje dia 13 as 13:13 min,
mas tudo bem, não sou supersticioso mesmo, Kikikikikikikikikikikikiki
 
Mai uma observaçãozinha... 
 
Só conte o número de KiKIKI, se você não for supersticioso.