O telefonema...
O telefone toca e uma voz pergunta:
_ É Ana a esposa de Leonardo?
_ Sim! Deseja falar com ele?
_ Não! Desejo falar com você.
_ Pois não.
_ Onde está seu marido?
_ Ele não está em casa.
_ Eu sei! Ele está aqui comendo uma gostosa.
Ana olha em volta, vê seu filho assistindo TV, vê o seu mundo passar diante de si em um minuto e então responde:
_ Obrigada! E desliga.
Mas o estrago está feito, seu coração dói, sente um aperto no peito, uma falta de ar, mas seu filho está ali, então se lembra que sua filha não desceu para comer, vai chamá-la e decide que também precisa comer.
O tempo passa e seu filho vai para a escola, sua filha volta para a cama, pois está muito cansada, depois de um tempo se lembra de Deus e faz uma prece, então seu sobrinho de quatro anos chega, começa a conversar e naquele momento ela percebe que tem coisas mais importantes a fazer.
Mas uma pergunta a perturba: “_SERÁ?”
A dúvida assola sua alma, mas logo a imagem de se marido se apresenta e ela se lembra de quem ele é e então a dúvida se desfaz.
Quando ela lhe conta o que houve ele ri, mas depois pergunta:
_ Não teve ciúmes?
_ Não! Na traição o sentimento é sempre de dor e de ódio (que é o amor enlouquecido).
_ Mas você duvidou de mim?
_ Por alguns minutos.
_ E como resolveu a sua duvida?
_ Com lógica e fé.
_ Como?
_ Se fosse verdade, eu nada poderia fazer, pois você não me pertence e não sou Deus para vigiá-lo o dia todo; e usei a fé que tenho em você, pois acredito piamente que sei quem você é.
Então se abraçaram e dormiram.
Nunca dêem ouvidos a vozes que lhe são estranhas ou familiares use sempre a lógica e a fé em qualquer das situações.
Mas, e se for verdade? Converse, entenda como isso ocorreu e se não tiver conserto, saberá que fez tudo o que era possível e assim viverá em paz.
Um imenso abraço fraterno!