O saco do pecado...

Sem aviso prévio, o espírito safado deixou meu corpo.

Evadiu-se na noite e ficou na orgia, muitos dias.

De fogo e na zoeira, ouvia as carpideiras.

Cânticos lúgubres foi uma choradeira

Muita estripulia, o coveiro de pileque, de olhar avermelhado,

Num fogo danado.

No sepultamento, gritei: Tome tento homem!

Sou uma pobre alma e sofri o abandono.

De um espírito traiçoeiro e galhofeiro.

Nem esperou as minhas exéquias...

Passados dias, o espírito doce como mel bateu na porta do céu.

Um anjo-mor atendeu, uma ficha preencheu e perguntou:

-Qual sua profissão? O outro respondeu: - Sou professor de coração!

-Cadê o saco dos pecados?- Não sei, não! O anjo-mor disse:

-Mas nem precisa ser pesado, você vai ensinar os analfabetos.

Que se encontram em estado lastimável...

Aqui tem discursório de políticos o dia inteiro, que não dão sossego.

Inebriando corações imaculados.

Ele sentiu o sangue gelar. Ah! Que sina a minha!

Anjo-mor tenha piedade de mim, vou ficar mais louco do que já sou...

Disse:- Não tem um lugar nem que seja num cantinho no purgatório.

O anjo-mor disse:- tem uma biblioteca e lá você vai estudar.

Nada de folia, hein! Você terá uma missão, quando voltar à Terra terá que passar um recadinho para os espertinhos.

É o seguinte: "Uma sociedade analfabeta é fácil de manipular, mas o dia que despertar é como fera na mata ninguém segura...

A ignorância traz a miséria e a violência...

Precisam entender que o professor e o analfabetismo são frutos do Sistema...

Povo culto e esclarecido deixa político corrupto fora da eleição.

O dia em que o povo aprender bem a lição, quando for votar de novo,

em corrupto não vota não.

Interação siginificativa da poetisa Regina Pessoa.

Obrigada querida amiga.

magda crovador
Enviado por magda crovador em 25/03/2012
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T3575097
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