RETÓRICAS E DEVANEIOS "JABORIANOS"
Geraldo Vandré passou por um sofrimento muito grande, nos tempos da repressão e quando finalmente apareceu ou reapareceu, a gente percebia que a lavagem cerebral funcionou mesmo, principalmente quando ele passou a declarar em entrevistas que já não tinha mais nada contra militares e pelo seu aspecto físico, parecia mesmo estar se refazendo de um "derrame cerebral". Se aqui no Brasil, houvesse “mães da praça de Mayo”, elas certamente cantariam: - “Não chores mais por mim, Vandré, nós choraremos por ti”. Se é que foi ele mesmo que compôs aquela letra, pois eu pessoalmente começo a duvidar disso. Ele mais parece ter comprado aquela letra, como era comum naquele tempo, e ainda é hoje, e, ao cantá-la, obviamente fez muito sucesso pela mensagem que psssou a um povo sofrido e oprimido pela ditatura militar.
No caso de um articulista que anda por aí fazendo sucesso como jornalista da maior rede de Tv do Brasil, percebe-se que como gesticulador, e com aquela cabeleira lateral despenteada e desarrumada de propósito, ele faz também a cabeça de muita gente, sem falar nos pontos do Ibope que sobem com a sua presença indiscutivelmente envolvente.
Ganhou portanto estabilidade no emprego esse esbaforido Arnaldo Jabor.
Falar e gesticular para convencer parece fazer parte de uma encenação produzida, para justificar uma espécie de apagão das idéias as quais defendeu com muito mais propriedade nos tempos em que se dizia de esquerda. Ser formador de opinião portanto, pode significar simplesmente estar dizendo aquilo que os outros querem que seja dito e fica pior ainda quando fazem defendendo um salário, e/ou a linha politica reacionária do patrão.
Imaginem essa situação numa cidade pequena, onde alguém resolve atacar sistematicamente um político ou uma outra figura publica qualquer, num desses murais de tablóides de cidades do interior com um grupo de eleitores entre 30 e 40 mil?
Dizem que ele foi ou é ainda um comunista de carteirinha. É possivel que ainda o seja, da mesma forma como foi o Governador Carlos Lacerda, que foi expulso do partido de Luiz Carlos Prestes como um traidor, e terminou sendo um dos grandes articuladores ou bonecos do golpe militar de 64, como foi Magalhães Pinto, com a famosa coleta de casa em casa de ouro para o bem do Brasil.
Um grande golpe aliás, digno de ser imitado por alguns pastores de igrejinhas de esquina que gritam o nome de Jesus empunhando a bíblia e fazem acontecer o milagre de chover dinheiro (aquilo que eles chamam de dízimos). O seu filho não precisou disso para salvar o Banco, pois tinha FHC como amigo. Mas esse é outro assunto.
Esse colunista fantástico da Globo, de cabelos desarrumados, especialista em gesticulação é o grande fantasma das meias verdades e das meias palavras mas tem uma competência incrível para fazer estoura-las no alto do céu, como se fossem pequenas estrelas das idéias novas, modernas, mas com certeza recheadas ou permeadas de pequenas mentiras. Tem muito mais estoque de ironias engraçadinhas, vazias e maldosas do que o ex-presidente FHC e leva uma vantagem de jamais ter pedido para esquecerem o que ele escreveu.
Mas em contra partida, fala como se estivesse expelindo da boca, sal, pimenta malagueta e querozene (com Z mesmo).
No entanto, pelo menos, ele é bem mais ético que muitos que escrevem e depois passam a borracha, sem mais nem menos. Eu acredito até que, possivelmente o instrumento musical de sua preferência, seja o violino (rs) ao invés do berimbáu.
Em um dos meus primeiros textos aqui no Pontenet fiz uma referencia na crônica “dossiê modorrento” em que um diretor de uma empresa grande onde trabalhei por muitos anos, sempre me pedia:
“Amigo, nunca escreva aquilo que eu digo, pois eu posso dizer mais tarde que não disse”.
Quem sou eu para julgar as pessoas, ele dirigiu a empresa por quase 40 anos com mão de ferro e somente sucumbiu no Governo Collor (que quebrou a cidade de Americana inteira, pelo menos no segmento textil) como tantos outros. Mas existem também hábitos estranhos como por exemplo, um vendedor que faz parceria conosco, aqui em Goiânia e sempre escreve o que eu digo com lápis. Eu pergunto por quê: Ele sorri e diz que com caneta não consegue apagar. Para ser justo, bom que eu diga aqui, que ele é Mineiro também (rs).
Portanto, esse famoso gesticulador (o nosso querido Arnaldo), faz o jogo da pirotecnia com muita eficiência, muito barulho, muita retórica, muitos gestos espalhafatosos, com aquele semblante de maluco beleza, com cabelos esvoaçantes cheio de ironia e sarcasmo para, em muitos casos, não dizer nada, absolutamente nada, mas com transito livre nas caixas postais de muitos internautas alucinados com os seus exageros, pois que, nem se dá ao trabalho sequer de arrotar algumas de suas inteligentes sutilezas, sem falar no contracheque da Globo, que faz com ele o mesmo que fez com o Faustão do saudoso e inteligente programa "perdidos na noite".
Anda correndo de boca em boca na internet (se é que podemos dizer assim sobre essa corrente eletrônica) que esse novo Dom Quixote da política e da imprensa brasileira, teria dito que é “mentira que o povo Brasileiro seja solidário, mas sim, babaca por eleger para o cargo mais importante do Brasil, um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida”. Nessa eu não acredito, pois "pesquisei na Internet" e isto é uma grande mentira pois ele definitivamente não é o autor dessa bobagem.
Pelo menos nesse aspecto, é bom que se faça justiça. No entanto, isto serve pra mostrar que o que a gente “pesquisa” na internet, pode ser verdade ou pode ser mentira. Portanto, alguns artigos atribuídos a Jabor, são pré-pagos de terceira qualidade e esse é o preço da fama.
No caso do Presidente Lula, é verdade que ele não tem escolaridade, mas com certeza foi o melhor Presidente que o Brasil já teve depois que os Generais se renderam em 1985, apesar de ter permitido o inchaço do PT e permitido algumas coligações, com espertalhões de primeira grandeza.
Portanto, eu diria que o Brasileiro deixou de ser babaca quando decidiu eleger Lula. Jabor, apesar de não ter escrito a frase entre aspas acima, prefere se render aos encantos e ao feminismo exagerado de algumas mulheres, em seus devaneios, defendendo algumas possibilidades estranhas.
Com esses delírios, ele até que poderia dar um passeio pelas margens revigoradas da Custódio Silva em nossa terrinha (Ponte Nova-MG) e fazer um “trottoir” recitando, “quem não dá assistência, abre concorrência”, mais uma crise de pragmatismo daquele que um dia escreveu “ninguém mais namora as deusas” e assim, faz o estilo “quebra tudo”, bate em Castelo, Costa e Silva, Geisel e bate no Lula, que apanhou dos tres.
Está vivendo um momento terrível de confusão mental e pelo visto não se acostumou com a idéia de envelhecer. Pode dar as mãos ao famoso Kajurú que passou por aqui (Goiânia) como um furacão, amarrotando colarinhos.