Matutando Pelo Brasil Afora - I
Viajar está entre os maiores desejos do brasileiro. Retirando uma pequena quantidade de eremitas entre nós, todos adoram conhecer novos lugares. Viajar é um ato de aprendizagem, mesmo que seja a trabalho, estudo ou qualquer outra obrigação. Uma aprendizagem desobrigada, sem precisar de testes de conhecimento, por isso é tão interessante.
Renomados leitores, estive em Goiânia e Brasília por durante um mês e nessa estada por lá curti muitas experiências. O objetivo da viajem era engrossar o coro das manifestações populares por reforma agrária e justiça social neste país. Não viajara sozinho, estava acompanhado pela companheirada dos movimentos sociais de meu estado, a Paraíba.
Durante os três dias de viajem de ônibus muitas coisas rolaram. Passamos por estradas ruins, conhecemos cidades belas e outras feias, nos surpreendemos com o capitalismo arrojado das grandes capitais por onde passamos, que cobravam até por um simples banho nos postos de combustíveis. Vimos o “Velho Chico” enfezado em seu objetivo transmitir a doçura das águas terrestres para às tenazes e insípidas águas marinhas. Enfim chegamos lá. Goiânia. O itinerário era esse: primeiro aportar em Goiânia e de lá os manifestantes marcharam até Brasília para os protestos no Palácio do Planalto. Mas esse intervalo de acontecimentos duraria 17 dias.
Um fato interessante precisa ser registrado. Quando saímos da Paraíba informaram-nos que o clima lá pelas bandas do Centro Oeste estaria registrando média de 35 graus centrígrados. Fomos desprevenidos e encontramos uma Goiânia alvissareira, porém fazendo dez graus centigrados de temperatura. Os nordestinos desprevenidos e acostumados a um calor de trinta e poucos graus, embrenhados nesse frio todo. O resultado não podia ser outro: um baita choque térmico com as consequências de uma boa parte de nós cair doente, com muita febre.
Esse conto é introdutório. Por isso vou ficando por aqui. Nos próximos eu contarei os detalhes interessantes dessa minha estada por àquelas bandas. Não deixem de apreciar essas histórias, leitores, filhos de minha alma.