SETE GRÃO DE MILHO CAPITULO 28

CAPITULO 28

__Eu não! Foi os amigos dele, numa briga, lhe arrancaram dois dentes de graça.

Ele levou na esportiva e sorrio e disse: __Eu fui morder a mão de um pestilento e a mão dele era de osso duro e meus dentes fraco ai eu perdi, mas eu não vou beber mais, vou ficar mais homem daqui para frente e criar meus filhos.

Bem precisamente se pensa em trabalhar comigo, meus empregados nenhum bebe, nem fora do serviço. Bem a principio eu vou internar vocês dois para sofrer um tratamento e ai só depois é que vão poder trabalhar. __E dona Elza perguntou se nois vamos ficar internado quem cuida das crianças.

Elas ficam com Maria e comigo, já que até Dulce precisa de tratamento também, seus filhos maiores nos ajudaram a olhar essa molecada.

Depois pegando seu celular ligou para Macau e lá lhe informaram que só saia um pau de arara para Natal e dela sim, em ônibus para São Paulo e o seu Ezequias achou melhor trazer eles para Natal. Andréia e Ana Lucia e Ricardo eram os maiorzinho.

No dia seguinte ele descarregou o carro ficando um pouco mais leve e pós a família dentro e desceu para Natal, lá chegando ele não usou o dinheiro que tinha dado para a cunhada e foi ao guinche e comprou passagens, quatro ao todo e disse ao casal eu comprei quatro lugares, em duas poltronas uma na frente e outra atrás, na da frente senta um de vocês e Poe as crianças no canto, o mesmo fazendo na outra e não dêem bobeira que eles tomam seus lugares, dizem que crianças não pagam, mas eu paguei, para elas viajarem bem, não os deixem tiraram as crianças de seus lugares viram e dona Elza garantiu que ela tomaria conta dos lugares.

Ai o ônibus partiu já com gente de pé.

E seu Ezequias passou num caixa eletrônico e tirou um pouco de dinheiro, não conseguiu tirar o que queria o caixa não tinha muito e ele se contentou com um pouco.

Chegando na casa da sogra ele ligou para a fazenda e disse: ao seu capataz, a hora em que previu que chegariam seus parentes em São Paulo, e era para ele levar uma combi e apanhá-los, o Ônibus deveria chegar com umas duas ou mais horas de atraso, mas o homem não devia arrendar o pé de lá, pois eles são muito caipiras e podem servir para ladrões ou aquelas quadrilhas de pedidores de esmolas, que tem ali no terminal.

Daí eles almoçaram e jantaram e depois da janta já arrumaram as tralhas e no dia seguinte ele o Ezequias mesmo cortou os arames para dar liberdade para as vaquinhas e depois partiram.

Na frente ia ele o senhor Ezequias e ao seu lado sua mulher e na janela sua sogra, porque ela não estava acostumada em viajar e podia ser que precisassem da janela para alguma emergência de vomito.

No banco de trás a Irmã de Maria e as três crianças e quando começaram a sair das terras a dona Gertrudes não parava de olhar para trás e a filha Maria falou.

__Ta duro Mãe, abandonar as terrinhas. __É minha fia! Foi ai que eu criei todas vocês, fabricando farinha, ai esta enterrado o meu Evaristo. Agora eu vou ser enterrada em outro lugar.

E Dulce falou. __Que fica mãe! O cunhado da meia vorta e a senhora desse. __Mio não, Dulce aqui a vida é só sofrimento, mas saudade eu tenho e isso eu nunca vo esquece.

E alguma lagrima lhe escorreram pelas suas faces enrugada da anciã.

Ezequias que olhava pelo retrovisor olhou para a sogra e disse: __Dona Gertrudes a senhora ainda vai viver muitos anos, mas quando a senhora morrer eu venho buscar seu marido e enterro junto da senhora, isto é uma promessa e também perdeu algumas lagrimas, mas já mudou de conversa e o carro seguia.

Pararam Em Patos para almoçarem, depois o seu Ezequias aproveitou para retirar mais dinheiro de um banco eletrônico, que ali tinha e deu mil cruzeiro para sua mulher e duzentos para sua cunhada.

E Dulce Falou. __não precisa cunhado, tudo o que eu como é você quem esta pagando.

__Eu sei Dulce, mas vai que você quer comprar algo, então terá dinheiro para comprar, sem ter que pedir para mim ou sua irmã.

Já o ônibus que levava a família de Maria saiu de natal e vinha direto para Recife, já tinham viajado umas três horas e todos quietos em silencio, quando uma das crianças falou, a dona Elza, que estava com fome, João esperou um pouco, para ver a reação de sua esposa, e como ela nem ligou, ele falou.

__E agora Elza, esta viagem vai durar uns três ou quatro dias e algumas noites e aqui nois não temos nem palma para enganar a fome das crianças.

E sua mulher retrucou. __Deixe comigo João assim que o Ônibus parar, eu compro alguma coisas para eles comerem.

Você tem dinheiro ai Elza. __tenho, o seu cunhado me deu um pouco, para cobrir a viajem. __então me de que eu compro os salgadinhos para as crianças. __Deixe comigo João, que eu compro, o dinheiro é pouco e eu preciso economizar. __Sei economizar, não sei mulher.

__Sabe não! João se eu lhe dar dinheiro, você já bebe uma, depois outra, e logo o dinheiro acaba e a viagem esta inteira ainda, eu te conheço bem homem.

João já ficou bravo e disse: __O cunhado é meu patrão só nas horas de trabalho, depois desse horário eu mando em mim.

__Isso é verdade João, mas ele não tem nenhuma obrigação de lhe empregar, e pode sim te mandar embora e se isso acontecer, você vai sozinho eu largo do oce.

Ele que já estava bravo, por ela lhe negar dinheiro ergueu o braço para lhe bater, como fazia das outras vezes, mas desta vez ela o enfrentou e disse.

__Bata João, assim nois já se separa aqui mesmo no ônibus, e sobra mais dinheiro para as crianças, por não ter que alimentar você e nem começa trabalhando para o cunhado.

Ai o maridão ficou beiçudo. Logo o veiculo parou num restaurante de beira de estrada e dona Elza se levantou e disse:

__ Crianças não saiam do banco, para não perder o lugar, ai um queria ir ao banheiro e ela falou ao seu marido, ainda beiçudo.

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 08/03/2012
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