Um nariz quebrado
# O Zé estava caminhando feliz até o momento em que tropeçou. Caminhava no topo de um morro e, como perdesse o equilíbrio, descera-o, literalmente, rolando.
# Ao pé do morro, havia um muro, que freou a queda de Zé da maneira mais brusca. Como conseqüência, ele quebrou o nariz e trincou um ou dois ossos. Os ossos se emendariam no devido tempo, mas o nariz de Zé apresentaria um caroço grotesco.
# Todos os dias, ao se olhar no espelho e ver o caroço, Zé xingaria a pessoa (e a mãe da pessoa) que decidira colocar lá um morro tão deslocado, tão longe de tudo, que nem sequer delimitava propriedade nenhuma.
# Zé nunca soube que, por trás do muro, havia um precipício.