SETE GRÃO DE MILHO CAPITULO 27
CAPITULO 27
cinqüenta quilômetros daqui e todos dando duro para ganhar o salário da região que é de cinqüenta cruzeiro ao mês.
E o Ezequias disse: __E eu lá na minha fazenda eu pago dois salário mínimo que chega a ser uns quatrocentos cruzeiros e mais uma cesta básica. __Dessas cestas aqui seu Ezequias.
__Dessas mesmo seu João. E cunhado responde.
Com uma cesta desta num precisa nem salário. O seu Ezequias apenas sorrio, estava fazendo uma ligação para seu capataz o senhor Gumercindo, o homem atende e depois dele ser informado como as coisas estavam acontecendo na fazenda, e também de receber os elogios pela sua filha, que estava se mostrando excelente administradora de fazenda, o Ezequias queria saber se as quatro vaga que exestia, já tinha sido preenchida e o seu Gumercindo disse: __Já seu Ezequias eu só tenho uma vaga para peão e uma vaga para a horta. __Então guarde essas duas vagas para mim que vou levar esses dois daqui.
Em contato com sua mulher, ela lhes disse: Ezequias uma cesta para nos já da vamos comer mais em restaurante mesmo, ai ele e o João saíram e foram visitar as famílias e deu para cada uma duas cestas básicas, uma caixa de leite em caixinha e quatro quilos de lingüiça, depois retornou satisfeito por poder pelo menos por uns dias, dar uma comida melhor a aquelas famílias e no caminho ele falou ao cunhado.
__E estou pensando em levar vocês comigo, lá para a região de Sorocaba, terra de gente muito boa, hospitaleira.
E João falou. __Sei não, seu Ezequias, essas terras são minhas, lá em sum Paulo, eu ia te de trabaia de empregado não.
É de fato João, lá seja na minha fazenda ou noutro lugar, você seria um assalariado, mas em compensação de noite, sua família podia até não comer do bom e do melhor, mas não ia dormir com fome, e não vejo vantagem, em possuir umas terras ressecadas dessas que não nasce nem mato.
João ficou pensativo na proposta do cunhado e o Ezequias, também ficou calado, até um pouco chateado ele queria fazer o bem a aquela família e o seu cunhado estava com um pé atrás, assim chegaram na casa do João.
Ele mesmo o João deu a noticia para dona Elza sua mulher. Ela não só, gostou da idéia, como adorou e disse: __Para viver aqui é muito sofrimento João se o seu Ezequias disse: que é fácil de nois arruma emprego lá nois vai simbora sim.
O cunhado Ezequias que estava próximo falou. __ Se vocês forem já vai com um emprego garantido na minha fazenda.
E o João falou para sua mulher. __Mas nois vai te que abandona nossas terras e as vaquinhas, aqui, elas num cabe no caminhãozinho do seu Ezequias.
__E daí (falou sua mulher) João nesta terra não produz nada mesmo, abandone tudo, corte os arames para as vacas ir procurar água e comida e se o seu Ezequias nos leva, estamo indo embora e se oce num quise ir eu vou com as crianças, oce fique ai cuidando de suas vaquinhas, vai homem que espera da vida. __Então arrume as mudanças que vamos nessa falou o João.
Que mudança João nois só temos uns trapos para vestir, e olhando para o cunhado perguntou? E olhando para o cunhado com aqueles olhos azuis muito bonito que era só o que sobrara da beleza daquela mulher castigada pela dureza da seca, cabe nois tudo nesse seu caminhão.
__Não! Não cabe dona Elza, mas a senhora e as crianças com seu marido vão de ônibus, no meu carro eu levo sua mãe e a irmã de Maria e os três maiozinho que são os dois filhos de Dulce e o seu garoto que são três na frente e quatro atrás, mas tem um porem para eu levar vocês para trabalhar na minha fazenda eu preciso saber, o João bebe.
O João deu uma risadinha e falou. __De veis em quando. Mas já sua mulher detonou dizendo. __Nossa! Como bebe.
__Bem João eu levo vocês para São Paulo, mas se quiser trabalhar na minha fazenda, terá que largar da bebida, eu não suporto bêbado.
__Posso largar sim seu Ezequias já faz uns cinco meses que não ponho bebida na boca, é só não por mais e já esta largado.
Nesse momento o João saiu para fazer sua necessidade fisiológica e como ali não tinha mato e nem banheiro ele teve que ir longe e o seu Ezequias aproveitou e perguntou? __A senhora conhece dinheiro dona Elza.
__Conheço sim, antes de me casar, eu fiz até as oitavas.
__Então eu vou dar um dinheirinho para a senhora comprar duas mudas de roupa para todos vocês, e o que sobrar a senhora guarda, que é para comprar comida na estrada, que a viajem é longe, vão ter que dormir sentado, porque o ônibus não para, só troca de motorista e segue em diante.
Daí o seu Ezequias deu para a senhora dês mil cruzeiros tudo em notas pequenas e disse guarde bem para evitar que ladrão o roube, e não de dinheiro para o João para ele não recair, porque é de fato, eu não gosto de bêbado, se bebeu como meu empregado esta na hora despedido, e o assunto rodou em volta da bebida e o seu Ezequias disse.
__Eu falo serio seu João, se largar de beber ali na bucha eu levo para minha fazenda, caso contrario você fica aqui, e dona Elza retrucou, eu vou simbora com oce ou sem oce João esta decidido.
Antes mesmo de o marido responder a sua mulher já tinha decidido, ela ia mesmo embora com o sem marido. Aqui num é lugar de se cria filho.
__Ai o João sorrio e disse: __Ela já decidiu pela família seu Ezequias. __Então arrume as coisas e vamos ver o que cabe ou o que não cabe na carroceria do caminhão.
Bem então vamos ver o que eu devo lhe pagar a você seu João o salário mínimo é de CR$ 150,00 e eu pago dois por isso seu salário é de trezentos cruzeiros mais uma boa cesta básica e duas caixas de leite ao mês, mas lembre-se, que é para largar mesmo da bebida, não pense que porque é meu parente pode abusar, se bebe o meu capataz lhe Poe na rua, essa é uma ordem minha, que ele cumpre na regra.
Sua mulher falou. __Viu João trate de por vergonha nessa cara e largue mesmo de beber, e rindo ela completou, o senhor esta vendo aquela farta de dente ali na frente, ele perdeu numas dessas beberagens.
Seu Ezequias brincou e falou ele estava bêbado e a senhora aproveitou e lhe deu uns sopapos.