as fortunas de benzo capitulo22

Cap22

__Não! Para o Juiz, não, esse homem é meu pai, ele me da comida, a mulher dele é uma santa; e nesse dia já um fim de tarde de uma sesta-feira, com uma tarde muito quente, um homem estranho aos freqüentadores do bar, entrava para fazer um lanche rápido, devia ser representante comercial, e o Benzon se aproximou e pediu uma pinga. ___Ho! Moço paga uma branquinha pra mim. O cidadão permaneceu em silencio, e o Benzon continuava. __Ho! Moço paga uma, só umazinha assim, e mostrava com os dedos o tamanho da pinga que queria.

E ai o estranho respondeu. __Senhor minha religião não permite, que eu colabore com o vicio de ninguém, se quiser comer algo, eu lhe pago com prazer.

O Benzon cambaleou, pendeu para cima do estranho, que o amparou para que ele não caísse, e o bêbado encostou-se ao balcon, e disse. __Obrigado moço.

Mas apontando com o dedo para a mesa do Juiz ele disse. __Não! Moço, comida o Juiz me da eu só quero uma, umazinha da purinha.

Enquanto o bêbado Benzon perturbava o moço estranho, também entrou no estabelecimento do Valdo um bilheteiro de loteria federal, e começou a vender um bilhete fechado, para os presentes do bar, mas ninguém quis, e o próprio bilheteiro dizia, bilhete fechado se der não se divide com ninguém, a gente ganha sozinho, mas mesmo assim ninguém quis, o ultimo que ele ofereceu foi para o estranho, que já estava sendo incomodado pelo Benzon e agora também pelo bilheteiro, e o bilheteiro lhe dizia, compra senhor eu estou lhe trazendo a sorte sei que hoje o senhor ficará rico!

__Não! Senhor bilheteiro, minha religião não me permite nem comprar loterias e nem sustentar vicio de bêbado. Mas será que a sua religião, não permite um homem ganhar a vida honestamente, ou será que sua religião queria que eu em vês de vender bilhete fosse assaltar gente honesta, para levar o pão para os meus filhos.

O estranho terminou seu lanche, e pegou a carteira e pagou as despesas, o Valdo fez o troco e ali os dois perturbando, um queria pinga, e o outro vender o bilhete, e com o troco dava certinho para a compra do bilhete, ai o moço pensou um pouco (), e disse: __ pegando a loteria fechada e deu ao Benzon dizendo.

__Quando ganhar essa loteria, o senhor compra o bar e bebe todas as bebidas que tem ai. Dai pagou o bilheteiro e pegando sua maleta foi embora.

O bilheteiro também foi embora e o Benzon começou a circular por ali tentando vender, ou trocar o bilhete por uma pinga, mas ninguém quis e ai o Valdo deu lhe uma garrafa de pinga pela metade e mandou ele ir embora, benzon foi embora curtir sua bebedeira lá na ponte onde ele dormia.

O sábado tudo normal, como todos os dias só que nesse dia devido o bar do Valdo ser mais movimentado, o Juiz não ia tomar sua cervejinha e estava ele na sua biblioteca lendo um livro em sua cadeira de balanço, com o cachimbo na mão esquerda, o livro na outra mão, e um pé no chão e outro na cadeira, se balançando, um pouquinho ele dava duas balançada e depois deixava a cadeira parar de balançar, para dar um novo impulso e enquanto seguia essa seqüência ele lia o livro, e dava um ou duas baforadas no cachimbo.

Na parede o relógio marcava dezoito horas e quarenta e cinco minutos. Dona Mara sua mulher abriu a porta e disse: __Zaco! Vá até a venda do Valdo e traga-me duzentos gramas de presutada, e duzentos gramas de mussarela, e uma lata de extrato de tomate.

Hoje teremos pizza para o jantar. Falou isso e fechou a porta e saiu voltando para a cozinha. O Juiz terminou a pagina de sua leitura, marcou a pág. e fechou o livro largando ali na mesa em cima ele pós os óculos que usava para leitura de lentes grossas, em cima da mesa deu duas baforadas em seu cachimbo também pós no cinzeiro, levantou-se apalpou os bolsos para certificar que a carteira de dinheiro estava no lugar, e saiu indo ao bar cumprir o pedido de sua mulher.

O bar do Valdo estava cheio, bem movimentado, e o Juiz ficou ali aguardando ser atendido, e pensou () esta na hora desse muquirana arrumar um ajudante (È que nesse horário a esposa do Valdo ia para a casa para fazer a janta e ele ficava sozinho e o movimento apertava um pouco). Nesse momento entrou o bilheteiro, e encostando perto do Juiz perguntou ao Valdo.

__Você viu aquele pinguço por ai. E Valdo respondeu enquanto atendia a freguesia. __Não! Não vi, hoje ele ainda não apareceu, deve ter enchido o caneco em outro bar, mas logo ele aparece, hoje ou amanhã porque, esta querendo lhe pagar uns goles.

Não! Valdo eu só queria contar a ele que esta podre de rico, ganhou sozinho aquela dobradinha.

O vendeiro deu até uma parada no serviço, que estava fazendo e perguntou? __È muito dinheiro. __Poe dinheiro nisso Valdo, só com a metade ele já compra a metade da cidade.

O vendeiro voltou a suas atividades e disse.

__Eu duvido que ele ainda tenha aqueles bilhetes, ontem mesmo, ele queria trocar por uma pinga, você queria Alguma coisa a mais, ou só avisar que ele ficou rico.

__Eu queria um pacote de café, uma pinga e também avisar o pinguço.

O vendeiro parou de atender os outros fregueses, e atendeu o bilheteiro que já saiu e foi embora.

O juiz achou estranho, ele atender o bilheteiro na frente dos outros. Aquilo o deixou encafifados, mas só foi o homem sair deu desespero no Valdo, que chamou uma garota que estava ali por perto e disse.

__Vilma vá até minha casa correndo e chame a Izaura diga-lhe para ela que pare tudo o que estiver fazendo, e venha aqui rápido eu preciso dar uma saidinha urgente.

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 24/02/2012
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