ASFORTUNAS DE BENZON CAPIYULO20

Cap20

muita coisa aqui em casa. __Isso mesmo Benzon muita coisa vai mudar no ano que vem.

E de fato ele não largou da bebida, mas diminuiu muito, já tomava banho regularmente olhava sua filha, e Mariza até permitiu que ele voltasse a dormir com ela, mas ele só dormia, pois a impotência dele era irreversível, e a vida deles agora era outra, quando ela chegava, ele já tinha tomado banho, tinha bebido, mas era pouco e ele sentava em volta da mesa com sua filhinha, se não estava no colo estava ao lado, ela desembrulhava o pacote com a comida que trazia do serviço e comiam, e conversavam alegremente até parece que a felicidade que há muito tempo ali não reinava parece que tinha voltado.

Mas a outra vida dela, ela mantinha em segredo. À noite quando o Benzon levantava para saciar sua sede, e ao voltar ele olhava sua mulher dormindo ali em trajes intimo e pensava () como ela era bonita e gostosa, lembrava também dos seus tempos de volúpia, mas agora ele estava acabado, seu membro só servia para uso fisiológico, ai deitava-se e dormia.

Ai o mês de outubro chegou ao fim e o Dr. Jorge, lhe deu o pagamento e lhe disse: __Dona Mariza no dia vinte de dezembro, nos vamos parar de dar aula aqui e voltaremos para nossa casa que fica nos Estados Unidos, também vamos entregar a republica, que já venceu o contrato, mas nos não renovamos e devemos entregar ate o dia Vinte e também não vamos mais precisar dos seus serviços, é claro que vamos pagar tudo o que a senhora tem direito, ferias e décimo terceiro e umas boas gorjeta, pôr ter nos lavado nossa roupa e passado, até eu que sou muquirana de carteirinha vou também lhe dar umas boas gorjetas, mas a senhora se quiser sair mais cedo para procurar outro serviço já esta autorizada.

Aquilo a deixou Mariza muito triste e o Edward quando a encontrou com ela lhe disse. __Não fique preocupada, Mariza, eu já resolvi, vou levar você comigo.

__Você esta louco, e sua mulher. __E dai uma coisa não tem nada com a outra, eu alugo uma casa para você, mobílio e viveremos nos três do mesmo jeito que vivemos aqui.

Nos não vivemos eu você e seu marido, lá vai ser ao contrario eu você e minha mulher.

Traga me os documentos seus e da menina para eu providenciar os passaportes e assim se sucedeu e no dia dezoito de dezembro quando o Benzon levantou-se e foi ao banheiro lavar o rosto ele achou um bilhete que dizia assim (Benzon, meu bem, a republica onde eu trabalho acabou, e eu fui despedida, e se eu ficasse aqui, tudo iria voltar a ser como antes. Nós íamos voltar na estaca zero, e voltaríamos a passar fome, Um dos médicos me convidou para ir com ele para os Estados Unidos, e me garantiu que nada ira faltar a nossa filha e você sabe que pôr ela eu faço qualquer sacrifício, e pôr isso eu tomei esta decisão, e foi pôr ela que estou partindo; desculpe se lhe sou infiel. Mas ao ler este bilhete eu e nossa filha já estaremos saindo do território Brasileiro a caminho de Lãs -Vesgas onde eu vou residir.Todo o dinheiro que ganhei eu reparti com você, a sua metade esta no seu criado mudo).

Naquele momento ia passando um avião e nem era o que levava a sua esposa, mas o Benzon com os punhos cerrados deu um murro na porta do banheiro e um urro que mais parecia um uivo de lobo, em noite de lua cheia e caio ali em prantos resmungando um lamento.

__Era esse então o presente que você me prometera no natal, maldita mulher, você que foi o meu amor a minha filha eu que amo tanto, estava largando da bebida.

O seu choro não era pela mulher e nem pela traição, pois sabia ele, que seu casamento já havia acabado há muitos anos e ele também já não era mais homem, pois era agora impotente, mas já chorava a pesar de sua filha que ele sabia que nunca mais iria vê lá.

Depois de um tempo ele levantou-se ao passar perto da arvore de natal, ele deu uma ponta pé que a jogou longe quebrando tudo, dai foi ao quarto pegou o dinheiro enfiou no bolso, e saio desatinada porta afora.

Chorando como criança e deu de cara com o Juiz e o Dr. Zacaro, que lhe perguntou, Benzon o que aconteceu, ele nem parou para dar satisfação ao Juiz que sempre fora um pai para ele, simplesmente ele deu lhe o bilhete e saiu rua abaixo sentido do bar.

O Juiz Zacaro leu o bilhete e pensou () agora que o homem estava recuperando do baque que sofreu quando ficou desempregado, já tinha diminuído as bebida, a mulher lhe da outro golpe, e ai o Juiz foi atrás dele e já achou com uma garrafa na mão bebendo, e pôr mais que o Juiz falasse nada adiantou, ele virou mesmo um alcoólatra inveterado.

Era uma esponja, bebia tudo o que viesse pela frente. De cada três ou quatro dias, ele passava na casa do Juiz e dona Mara lhe dava o que comer.

A negra Beá que nunca tinha lhe abandonado e sempre ela estava pôr perto e viu ele se degradar e também sentiu que ele estava se recuperando, mas quando ela o viu de novo nessa vida ela saiu chorando e ao passar na casa do Juiz ela comentou e o Dr. Zacaro lhe mostrou o bilhete e a negra disse. __Sabia que essa mulher ia ser a desgraça, do meu filho branco.

Ano novo começou, Benzon perdido na cachaça, era desde que acordava até cair desmaiado, dinheiro que a mulher lhe deixou deu para uns dois ou três dias, agora ele pedia e o pessoal pagava, e assim se tornou à vida do Benzon.

Um dia uns vagabundos invadiram sua casa e roubaram o pouco que ali tinha, e ainda lhe bateram e Benzon pegou duas cobertas, e se mudou para debaixo de uma ponte, dormia num buraco na pilastra.

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 18/02/2012
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