SETE GR~AO DE MILHO CAPITULO 13

Capitulo 13

repita, entendeu as verduras da casa eu compro no mercado, no carrinho desse eu não quero mais.

À noite quando sua mulher o chegou ele lhe contou toda a sua historia e ela só disse: __Ele é um pobre coitado nunca iria fazer mal a nossa filha Álvoro.

__Ta bom, eu acredito, mas vamos parar por ai é melhor e assim ficou.

Na semana seguinte o seu Ezequias tornou a passar por ali, mas a menina não veio lhe comprar nada, ele fez barulho, mas ela não saiu e ele foi embora olhando, para a casa dela e a Rafaela, que também já estava gostando desse homem esquisito, que apesar de ser pobre e depender do que vendia sempre lhe dava alguma verdura e ela estava atrás das vidraças, olhando para ele com dó.

Outras semanas foi às mesmas coisas e depois ela ficava na frente da casa, mas já não se aproximava do verdureiro, como antes, mas já estava melhor se ele que era pai, não podia abraçá-la ele pelo menos podia vê-la.

A roça do seu Ezequias estava indo muita bem o pé de milho já passava da altura de sua cabeça com quase dois metros de altura e deu duas boas espigas e a terceira também era viçosa e bonita se a produção de milho foi boa a de abóbora não ficou atrás e encheo, a plantação com as abóboras de mais de doze quilos cada uma, era lindo de se ver as bichona deitado no meio da lavoura.

Sabendo disso seu Zico e outros criadores de porco compraram toda a produção de abóboras e o seu Ezequias teve de roubar seis peças, que era para dar uma para sua meninota e outra ele mesmo iria comer e outras quatro ele daria para dona Marta, fazer doce para servir no seu restaurante.

No dia seguinte era dia dele fazer a rua onde morava sua filha e ele primeiro levou as abóboras para dona Marta, depois pegou as verduras e mais a abóbora e foi até onde morava sua filha e depois que atendeu a freguesas e olhando ela encostadinha na parede ali olhando para ele na rua, ele a chamou, mas ela não queria atenda-la e dona Ilda veio e convidou a menina e junta elas se aproximaram do verdureiro e ele lhe deu aquela a grande abóbora, ela quase não podia carregá-lo.

Fez o balão, vendeu toda sua mercadoria e retornou para sua casa, tinha muito serviço, tinha que malhar o feijão e aproveitar o sol forte que a tarde estava ameaçando chuva.

Malhou e ensacou deu trinta sacos de sessenta quilos que ele vendeu a Cr$ 2,00 cruzeiro quilo num valor de Cr$ 3.600.00 cruzeiro, milho debulhado e ensacado deu duzentos sacos deu mais Cr$ 6.000,00 somado com 3.000,00 mais o milho e o feijão ele faturou, Cr$ 12.600,00 com toda essa quantia ele foi ao banco para abrir uma conta e soube do gerente que ele ainda era correntista, visto que ele nunca tinha ido mais a agencia fechar, e a mesma, estava aberta, tinha uma divida, mas era pouca coisa e ai ele aplicou dês mil a prazo longo por seis meses e os dois mil e seiscentos cruzeiros ele pós em sua conta corrente que pagando o serviço de manutenção do próprio banco, ele ainda conservou dois mil e trezentos e cinqüenta e já mandou arar a terra e aproveitou e plantou de novo e nova boa safra, lhe veio compensar seus esforços e já não era mais um mendigo pedinte, mas sim um arrendatário começando a emergir quase do nada (quando se tem vontade e fé em Deus é só trabalhar que mesmo do nada a pessoa consegue emergir e progredir) e todo dia ele de joelho na sua terrinha ele agradecia a Deus. Por tudo aquilo que ele tinha alcançando.

Já no segundo ano ele não plantou mais milho em consorcio com abóbora, mas sim com feijão, que estava com bom preço no mercado, na primeira carpa ele ainda foi lá e capinou e chegou terra, nos pés do feijão e do milho e já na segunda carpa, não a dava nem para andar no meio daquilo que formou–se um tapete só.

Os pés de milhos carregaram e de feijão também se a gente erguia uma daquela saia, aquilo estava carregado de vagem muito graúdo.

E a safra prometia e ele colheu muito mesmo e logo ele começou a arrendar mais terra, só no seu Zico ele já tinha pegado mais da metade do sitio e ainda fez acordo que era para ele pagar com milho, já que o seu Zico criava porco e precisava fazer ração para os animais.

Como já fazia dois anos da ocorrência em que o segundo marido de sua ex: esposa o tinha peitado e lhe agredido o coitado do verdureiro não tinha mais abraçado sua filha.

Ela sempre estava na frente da casa e ele sempre podia vê-la, e hoje ela tinha já quinze anos era uma mocinha às vezes, ele se, o sentia o cuidado, que o padrasto tinha pela menina, mas pensando bem se ele também tivesse uma enteada, ele também teria os mesmos selos para com estranhos e ele era um estranho, pois ele o padrasto, não sabia que a sua ex sabia quem ele era.

Mas meteu a cabeça no serviço e começou arrendar terras sempre em volta do senhor Reginaldo de Barros. Ele ia pressionar esse homem. Já era um homem com boa conta bancaria.

Terra ele não possuía, mas já era um grande latifundiário, pois arrendava e plantava milho e feijão e soja e trigo, outras culturas só para o gasto, já tinha um trator velho, mas funcionando muito bem e também um jipe 4x4 e agora ele vendia verdura com uma carretinha puxado pelo seu jipe, onde ele dirigia e uma senhora sua empregada vendia, ele só recebia ou marcava na conta a prazo.

Quando ele terminava sua venda, ele voltava para a sua casa, lá aonde ele começou sua vida de latifundiário, agora ele não pegava mais sobras de comidas, para se alimentar, mas comia ali mesmo no restaurante de dona Marta, ela e seu marido faziam um bom preço e os restos de comida ele ainda levava, mas era para meia dúzia de porcos que criava, mais para seus gastos, do que para vender, mas se sobrava porco ele vendia.

Sempre que era possível o seu Sebastião vinha tomar refeição na sua mesa e nem sempre lhe cobrava e nesse dia o seu Sebastião, chegou sentou e foi servido e enquanto eles comiam o seu Sebastião falou que estava precisando de um dinheiro, para dar uma reforma na cozinha e tinha ido ao banco e por ainda faltarem quatro meses para acabar uma divida o banco lhe negou o empréstimo.

E o seu Ezequias perguntou se era muito esse dinheiro e o seu Sebastião falou. __Nem pouco e nem bastante, para mim é muito, mas para o banco é ninharia.

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 09/02/2012
Código do texto: T3488829
Classificação de conteúdo: seguro