ASFORTUNAS DE BENZON CAPITULO 12

Capitulo 12

Vou falar com Benzon, não quero que, pôr causa de duas empregada, ele estrague sua felicidade.

Mariza pelo tempo que tinha na cidade, já havia feito suas amizade, lá no salão de cabeleireiro é que se encontrava com suas amigas granfinas e foi lá que ela se desabafou.

__Aninha, que desaforo meu marido o homem que eu amo, me chamou a atenção na frente das empregadas, que ele chama de família, veja só que pobreza.

Fez-me uma executiva, pedir desculpa a uma preta velha e uma arrumadeira analfabeta isso é possível.

__Mas o que você fez para ele ficar assim tão zangado, (perguntou Aninha). __Eu nada! Só mandei colocar dois talheres na mesa, para nós almoçarmos, mas o ignorante do meu marido almoça com os empregados na mesa, e mandou colocar mais dois talhares, eu fiquei humilhada.

E Aninha lhe aconselhou __Mariza você deve ter calma, acabou de se casar, tem muita coisa que ele seu marido, esta acostumado fazer, e você com diplomacia vão mudando aos poucos, se quiser mudar no grito seu casamento acaba agora. Bobagem estragar sua vida de casada.

À tarde quando Benzon chegou, ela ainda não tinha chegado, e ele entrou todo sorridente chamando pela mulher, e quem atendeu foi Beá dizendo.

__Meu filho sua mulher saiu e ainda não chegou.

__Minha mulher saiu, e ainda não voltou, não estou gostando nada disso mãe, preta. __È filho num ta certo não, mas a era de homem machão também já esta acabando, meu filho, é ‘melhor’ oce num começa agora já uma briga, uma já no inicio do seu casamento, uma briguinha sem motivo, eu até achei bom ela ter saído, e ainda não ter voltado, pois tenho algo para discutir com você.

Benzon já ia indo para o banheiro com a toalha nos ombros e ouvindo o que a negra falava ai ele parou e perguntou: __Minha mulher tornou a ofender você mãe preta.

A velha foi até a porta espiou de um lado e depois do outro, como não viu ninguém a vista ela voltou e pôs a mão no peito do Benzon e disse.

__Meu filho, não quero que brigue com sua mulher pôr nossa causa, nós não semo sua família, eu sou a cozinheira, e Lúcia a sua arrumadeira.

Mãe preta nos estamos, acostumado comer todos junto. __Eu sei, meu filho isso era antes de você se casar agora é tudo diferente, eu e a Lúcia vamos continuar gostando de você do mesmo jeito, e num tem mais, antes você era sozinho e nois lhe fazia a companhia, agora você tem sua mulher, nois só semo duas empregada, e a partir do jantar a mesa só será arrumada para vocês dois, eu não quero mais briga entre vocês. Estamos entendidos.

__È mãe preta se a senhora acha ‘melhor’ que assim seja. E ai ele foi ao banheiro tomar seu banho, e Beá foi para a sala e arrumou só dois lugares.

Nesse ínterim chegou à dona da casa, dona Mariza, foi até a cozinha e perguntou a empregada. __Beá meu marido já chegou. __Já dona Mariza, esta tomando banho. A jovem senhora ia saindo para ter com o marido quando deparou com a mesa só para dois, e voltou à cozinha e disse.

__Beá a senhora quer que o meu marido me de uma surra em mim. __Eu não, dona Mariza, mas porque essa pergunta. __De manha no almoço ele já ficou bravo pôr causa dos dois talhares e no jantar a senhora repete, ele me esgana Beá.

__Não dona Mariza, isso não tem mais perigo eu já falei, com Benzon, e expliquei que nois semo empregada mesmo, e não podemos-nos misturar com patrão, antes ele era sozinho, e nois comia com ele para não deixar ele sozinho, mas agora ele tem a senhora, e eu e Lúcia vamos comer na cozinha.

__Se você já falou, tudo bem, espero que meu marido não se zangue comigo. E de fato Benzon saiu do banho sentou-se à mesa e tomaram a refeição normal. Daquele dia em diante tudo mudou, e eles pareciam viver normalmente.

Faltavam dez dias para acabar as ferias de Mariza, e ela devia voltar ao trabalho.

Já o Benzon tratava as duas empregadas com carinho, e esmero, Mariza tratava bem, mas como patroa e empregada. A casa tinha voltado ao normal, nesse dia Mariza levantou cedo, Lúcia lhe serviu o café matinal e ela levantou e saiu, Lúcia seguiu com o olhar e viu ela sair de carro quando ela ia descer para fechar a garagem ela viu a Lúcia com um tapete na mão e buzinou, Lúcia olhou, e ela mostrou o portão e a empregada foi fechar, e ela deu inércia no veiculo e foi embora sem dizer a onde ia.

Ai Lúcia entrou e encontrou com Beá e disse: __Mulherzinha esquisita, levanta senta-se à mesa e nem cumprimenta a gente. __È assim mesmo minha filha disse Beá que já tinha muitos anos de eeriência como empregada, para essa gente metida a granfino, nois somos como animais.

Se não fosse a lei do presidente Getulio Vargas, até bater em nois elas batiam. Você esquenta a cabeça atoa menina, faz de conta que ela também não existe, ela ignora de lá e nois ignora daqui, o que interessa é o salário no fim do mês, e o patrão gosta de nois.

Mariza tinha ido a fabrica falar com o seu amigo e gerente Dr. Ricardo. Entrou no estacionamento privativo, para alto funcionário e a vaga de secretaria executiva estava ocupada pelo carro de Antonieta, uma sua amiga de republica e ela embicou o carro atrás na mesma vaga.

Sentiu até um pouquinho de ciúmes, mas depois deu um sorriso e pensou () estalando os dedos, ninguém pode ter tudo, eu tenho o Benzon ela um lugar de destaque na empresa, ai ia descendo e o vigia o interpelou. Ai não moça, é proibido, tem que achar outra vaga, aqui é só para funcionário. Mariza

AS FORTUNAS DO BENZON (12º CAPITULO)

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 01/01/2012
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