SETE GRÃO DE MILHO CAPITULO 07

Capitulo 07

frente de suas queridas filhas e aquilo não podia mais se repetir e jurou para a doutora delegada que isso não ia mais se repetir e a delegada lhe falou que ele voltasse lá pelo mesmo motivo, ia dar um jeito dele ficar uns tempos na gaiola, aqui no meu hotel de cinco estrelas e os mandou ele ir embora.

Ele pegou suas coisa e disse para a doutora: __A senhora nunca mais vai me ver aqui senhora.

Andando para sua casa ele ia pensando, em tudo que acontecera e parece que todos com quem encontrava, estava olhando para ele e dizendo.

## Você não é homem, alem de não sustentar sua casa, ainda bate na mulher, a coitada até parece o zorro, estava com os olhos pretos, isso é obra de um homem. Já na sua casa ele entrou devagar, tudo ali em silencio parou na sala, olhou ao seu redor, depois foi ao quarto de suas filhas, ali ele ficou olhando as caminhas e chorando como criança, depois foi ao seu próprio quarto escreveu.

Uma mensagem para sua esposa no computador, e pediu desculpa e garantiu que isso nunca mais ia se repetir, pois ele ia sair das vidas delas, pois ele não era capaz de nem poder alimentá-las, como devia e deixou um grande abraço a sua e querida grande pequena mulher.

Também se despediu de suas filhas, olhando seus retratos registrou tudo no computador daí ele foi à cozinha, ali em cima da mesa, tinha um prato tampado ele destampou e viu que ali tinha seis bolinhos de chuva com sardinha salgada, coisa que ele gostava muito, chegou a pegar uma, mas pensou.

__Ho! Não, não vou comer não, a situação financeira esta preta, nesta casa, quem sabe se esta não seria a única refeição, que deveria ter para suas filhas, minha fome eu controlo, mas das crianças é mais difícil, devolveu o bolinho e voltou ao seu quarto e pegou algumas roupas, pós em um saco e saiu de casa para nunca mais voltar.

Fechou a porta e saiu sem rumo, não muito longe dali ele fez uma parada, num barzinho próximo da Avenida Marginal, onde antes de ser preso ele tinha bebido seu ultimo porre.

O balconista estava fazendo a limpeza e o dono do mesmo estava lendo o jornal e ele perguntou? __Patrão ai nos classificados não estão precisando de um torneiro vertical.

O dono do bar não respondeu, mas pegou as folhas dos classificado e lhe deu para ele mesmo ler e procurar o que lhe interessava.

E ele começou a ler nisso entrou um freguês e também o homem que trazia os salgadinhos, para ser vendido, o freguês pediu uma pinga e ofereceu ao senhor Ezequias.

Ele agradeceu e disse: __Obrigado senhor, pinga eu não quero, mas se quiser me pagar um salgadinho eu aceito, pois estou com fome e não com sede. O freguês respondeu: __Salgadinho eu não pago, se quiser uma pinga pode pedir.

__Então muito obrigado senhor, eu estou com fome e não com sede de beber pinga.

O homem que ia repor os salgadinhos tinha por obrigação de contrato, em retirar os que sobrassem e lá na sua casa, eles tirava as carnes e jogava as massas para seu cachorro comer e pensou para o cachorro ele comprava ração da boa e então ele pegou as oito que sobrara e deu para o senhor Ezequias.

Ele agradeceu e comeu duas e depois alembrou-se que suas filhas gostavam tanto de coxinhas e retornou para sua casa e colocou junto aos bolinhos de chuva. E depois saiu e foi embora.

Dona Maria trabalhou machucada, pois não podia correr o risco de ser dispensada, porque o cento e oitenta que recebia como salário, eram os únicos dinheiros que entrava em sua casa, para continuarem sobreviver, mas seu pensamento era no marido, já tinha batido nela outras vezes, mas nunca tinha sido preso e agora como ele ia encarar ela daqui para frente.

Ele não era agressivo, foi ela que pulou em cima dele e ele só se fez se defender e fez isso com um tapa que acertou em cheio e a machucou a, já estava ate arrependida de ter lhe dado parte, mas o que já esta feita não esta por fazer, agora era só esperar quando ela chegasse em casa, para ver o que aconteceria, hoje ele bebe alguns goles e pode sair encrenca de novo.

Com esse pensamento ela saiu do trabalho e passou na creche pegou suas filhas e veio para casa, chegou tudo parecia normal, ela entrou, as meninas foram brincar no quintal e ela foi fazer o serviço da casa.

Já era quase hora do jantar e seu marido ainda não tinha voltado e ela resolveu ligar para a delegacia e quem atendeu, foi outra delegada a doutora Silvia que lhe disse: __Segundo meus apontamentos ele saiu de manhã.

Ai se desligou os telefones e dona Maria o pensou deve estar nos bares enchendo a cara.

Ela pós o feijão no fogo e suas filhas entraram reclamando de fome destamparam o prato e viram ali as coxinhas e já pegaram uma de cada, Maria ficou brava dizendo.

__Parem crianças se comerem agora, depois não jantam e pegou o prato para por em lugar mais alto e ai que ela viu as coxinhas e pensou.

__HO__COXINHA, então meu marido já estivera em casa, onde ele arrumou dinheiro para comprar coxinhas, depois balançou a cabeça e pensou ele pode não ter comprado, mas sim ganhado.

O jantar saiu e eles jantaram, usando os bolinhos de chuvas e as coxinhas como misturas, deixaram uma de cada para o marido comer, quando chegasse e foi por as meninas na cama e também se deitou.

Assim se passou uma semana e o marido não voltou mais para casa, um dia ela mexendo no computador ela achou a mensagem e ai que deu se por conta, que seu marido a tinha lhe deixado, ficou meio triste por isso, mas amor ela não mais lhe tinha e por isso, falta dele ela não ia sentir, ficou chateada porque eles tinham muitos anos de vida em comum. O amor deles era como se fossem de irmãos.

Assim se passou cinco anos.

A cidade Rancho Alegre, como era chamado onde ficava o posto de combustível da senhora dona Marta era uma cidadezinha, que crescia dia a dia e em todas as direções, o posto da senhora dona Marta, já tinham progredido muito, já tinha restaurante local, lugar para repouso de motorista, um salão onde podiam dormir vários de uma só vez, onde um vigilante

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Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 27/12/2011
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